Especial de Domingo - 2

OBSESSÃO ESPIRITUAL, 

causa das grandes angústias humanas 

Jorge Hessen(DF) O Consolador, nº 185, 21-11-2010

Continuação -

Obsessão é uma influência maléfica na mente

Aurélio Buarque define obsessão como sendo uma preocupação com determinada ideia, que domina doentiamente o espírito, resultante ou não de sentimentos recalcados; ideia fixa; mania. Da mesma forma a terminologia obsessão é usada, vulgarmente, para significar ideia fixa em alguma coisa, tique nervoso, gerador de manias, atitudes estranhas etc. Entretanto, sob o ponto de vista espírita, o termo tem um significado e interpretação mais amplos. Consubstancia-se numa influencia maléfica relativamente persistente que desencarnados e/ou encarnados, tão ou mais atrasados que nós mesmos, podem exercer sobre a nossa vida mental.

Para a escola clássica da psiquiatria, obsessão é um pensamento, ou um impulso, persistente ou recorrente, indesejado e aflitivo que vem à mente involuntariamente, a despeito de tentativa de ignorá-lo ou de suprimí-los. Psiquiatras que n ão admitem nada fora da matéria não podem entender uma causa oculta (espiritual) mas quando a academia cientifica tiver saído da rotinas materialista, ela reconhecerá na ação do mundo invisível que nos cerca e no meio do qual vivemos uma força que reage sobre as coisas físicas, tanto quando sobre as coisas morais. Esse será um novo caminho aberto ao progresso e a chave de uma multidão de fenômenos mal compreendido do psiquismo humano. 
E, óbvio, não descartando a possibilidade da anomalia psicossomática, a Doutrina Espírita faz-no conhecer outras fontes das miséria humanas mantidas pelas fragilidade moral dos seres. Reconhecemos que o uso dos fármacos ante-depressivos estabelece a harmonia química cerebral, melhorando o humor do paciente, no entanto agem simplesmente sob os efeitos, uma vez que os medicamentos não curam a obsessão em suas intrínsecas causas apenas restabelecem o trânsito das mensagens neuroniais, corrigindo o funcionamento neuroquímico do SNC (Sistema Nervoso Central). Sócrates já afirmava que "se os médicos são malsucedidos tratando da maior parte das moléstias, é que tratam do corpo, sem tratarem da alma". (continua no próximo domingo)