Cinco horas com Divaldo

Fernando Antonio

Divaldo Franca marca presença em João Pessoa-PB

        Assistir a duas palestras de Divaldo Pereira Franco, em menos de 24 horas, foi marcante na minha vida de estudioso da Doutrina Espírita. Alimentava com muita confiança essa possibilidade, uma vez que nunca o tinha visto pessoalmente. Por volta das 18 horas de ontem (sábado, 5 de janeiro), ele surge sem ser anunciado no palco do Auditório Lins de Vasconcelos da Federação Espírita da Paraíba (700 lugares, lotado), acompanhado de algumas autoridades e vai sentar-se na fila dos convidados. A reação dos presentes logo se fez sentir com uma salva de palmas demorada. Olhei para ele, e a impressão primeira foi a de que seu rosto brilhava, com os cabelos devidamente cuidados com o seu  famoso "shampoo cinza". Vestia-se elegantemente com um terno cinza claro. Confesso que gostei de vê-lo, senti uma energia boa. Lembro neste instante da minha amiga paranaense, residente em Jundiai-SP, Vânia Mugnato de Vasconcelos, com quem conversando certa vez pelo Facebook, disse que tinha muita vontade de ver Divaldo pessoalmente, e como sabia que ele ia estar em Curitiba, estava pensando em viajar até lá. Ela então me aconselhou a esperar mais um pouco. Talvez ele apareça aí pelo Nordeste, vai ficar mais fácil. Não deu outra, dias depois soube que ele viria ao Nordeste sim, e melhor ainda, viria a João Pessoa, participar do V Congresso Espírita Paraibano, ao lado de nomes respeitados como o mineiro Haroldo Dutra Dias e a pernambucana/potiguar Sandra Borba.  

                 Depois da apresentação de Nando Cordel, bastante simpático e com uma plateia feminina que cantava com ele com desembaraço, houve uma Sessão Solene para a entrega do Título de Cidadão Paraibano, pela Assembléia Legislativa da Paraíba, ao Divaldo Pereira Franco, numa iniciativa do deputado Janduy Carneiro.

                   O agradecimento do título feito por Divaldo foi tão longo, que uma senhora perto de mim disse para a vizinha ao lado: "Que pena que terminou a palestra, estava gostando tanto." E a amiga explicou: "Não, querida, ele ainda nem começou. A palestra será em seguida". Eu aproveitei e disse: "Isso foi um aperitivo". E que aperitivo!

              Por mais de uma hora, Divaldo Franco fez a conferência tendo como tema central  "A Imortalidade em Triunfo - O Amanhecer de Uma Nova Era". Hoje, por volta das 8h30m, Divaldo Franco estava mais uma vez a postos para uma palestra bem mais demorada, no seminário sobre "Mediunidade, Desafios e Bençãos". Como sabemos, tanto o titulo da conferência como o titulo do seminário, são títulos de livros psicografados por ele, do Espírito Manoel Philomeno de Miranda.

              Particularmente, para mim, o momento alto foi quando estive frente a frente com Divaldo Franco, para ele autografar o livro Amanhecer de uma nova era.

                - Divaldo, por favor, quem é o Espírito de Verdade?

                Ele mexeu um pouco a boca e o nariz e respondeu, enquanto autografava:

                - Uns dizem que é Jesus, outros dizem que é João Batista.

                Agradeci, peguei o livro, deixei o palco e ele continuou autografando sob uma fila sem fim de seus leitores. Voltei para o meu lugar, no auditório, ao lado do mestre Octávio Caúmo, dirigente do Centro Espírita Os Essênios, que frequento com muita honra. Contei para ele a resposta de Divaldo. Antes, bem antes, Octávio havia me falado em Jesus, o mesmo que Vânia Mugnato já havia me dito. Na palestra de Haroldo Dutra, sobre "Paulo e Estevão", ele havia dito que Paulo de Tarso fazia parte da plêiade do Espírito de Verdade. O próprio Kardec, que recebia informações deste Espírito de Verdade, não sabia de quem se tratava exatamente. Vejo tudo isso ainda de forma nebulosa.