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quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

Estudo sobre o perispírito - 8

(continuação)

Sir William Crookes
                   As aparições estereolóticas


                    Antes de qualquer consideração, para que o leitor que ainda não esteja a par do assunto possa entender, trago uma pequena informação a respeito do que vai ser estudado. Ao analisar os fenômenos paranormais, Aleksandr Aksakov(1832-1903) escreveu um trabalho intitulado Animismo e Espiritismo, traduzido para vários idiomas, inclusive para o nosso, no qual ele divide tais fenômenos em anímicos e espiríticos. Os primeiros não dependem da presença do morto, como telepatia, transmissão de pensamento, radiestesia, sonambulismo e outros. Os segundos são baseados em Kardec; são aquele produzidos por uma entidade desencarnada.
                    É claro que, nesse último caso, o espírito atuante tem necessidade de um intermediário, que Allan Kardec intitulou de médium, para que possa se manifestar. E ainda é de Kardec a denominação "fenômenos mediúnicos", assim como as classificações: fenômenos personalísticos, nos quais o Espírito  usa os sentidos do médium para transmitir sua mensagem, como a psicografia (manuscrevendo), a psicofonia (falando através do aparelho fonador do médium e outros; fenômenos de efeitos físicos, nos quais apenas o médium cede a energia para que o Espírito possa se apresentar com sua própria personalidade. Isso erroneamente também é conhecido como "materialização".
                    Estes últimos foram pesquisados cientificamente por Sir William Crookes (1832-1919), sábio inglês convocado pela rainha da Inglaterra para provar que os fantasmas não existiam. Para tal, foi criado uma equipe de sábios ingleses da época envolvendo desde químicos e engenheiros até sensitivos. As pesquisas duraram de 1868 a 1876, quando Crookes, em seu relatório à rainha, declara: "Se Vossa Majestade me convocou para provar que os fantasmas não existem, sou obrigado a dizer que eles existem". 
                   Um dos seus maiores auxiliares foi  o engenheiro eletrônico Cromwell Fleetwood Varley (1828-1883), o mesmo que construiu o cabo telefônico submarino unindo Londres aos Estados Unidos. Para as pesquisas de Crookes, ele construiu uma série de aparelhagens destinadas a detectar as aludidas aparições, incluindo a célula fotoelétrica primitiva, destinada a bloquear a entrada da cabine na qual o médium era colocado, a fim de evitar que pessoas humanas ou materiais atravessassem a porta sem serem notadas.
                   Foi Varley que, na última década do século 19, prestou uma série de depoimentos à London`s Dialectical Society sobre as pesquisas de Crookes, que foram traduzidas para o francês por Monsieur Dussard em 1905. (continua amanhã)

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