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sábado, 2 de março de 2013

Mediunidade e animismo - 3

(continuação)

             Coadjuvante

              Quando Kerdec, ainda em O Livro dos Médiuns, pergunta aos espíritos se "o espírito do médium influi nas comunicações de outros espíritos que ele deve transmitir", recebe a seguinte resposta: 
              "Sim, pois se não há afinidade entre eles, o espírito do médium pode alterar as respostas, adaptando-as às suas próprias idéias e às sua tendências."
              Em seguida, Kardec lhes pergunta se "é essa a acusa da preferência dos espíritos por certos médiuns", ao que os espíritos respondem:
              "Não existe outro motivo. Procuram intérprete que melhor simpatize com eles e transmita com maior exatidão o seu pensamento."
              Vemos, portanto, que mais que parte integrante, o animismo é, até certo ponto, condição necessária para o fenômeno mediúnico, garantindo a sintonia adequada para que a transmissão seja o mais fiel possível às ideias do comunicante. Sem o conteúdo do médium, é muito mais difícil para o espírito transmitir-lhes suas ideias e o que pretende com elas. De posse do conteúdo mental e até emocional do médium, no entanto, torna-se muito mais fácil para o espírito fazer-se entendido, podendo, assim, transmitir com mais naturalidade e desenvoltura o seu raciocínio.
                 No livro Mediunismo, Ramatis nos diz que "mesmo na vida física é necessário ajustar-se cada profissional à tarefa ou responsabilidade que favoreça o melhor êxito ou eficiência para alcance dos objetivos em foco (...)
                 Da mesma forma, o espírito do médico desencarnado logrará mais êxito, ao se comunicar com o mundo material, se dispuser de um médium que também seja médico (...)
                 Quando o médium e o espírito manifestante afinizam-se pelos mesmos laços intelectivos e morais, ou coincide semelhança profissional, as comunicações mediúnicas tornam-se flexíveis, eloquentes e nítidas. Os espíritos não se preocupam em eliminar radicalmente o animismo nas comunicações espíritas, porque o seu escopo principal é o de orientar os médiuns, aos poucos, para as maiores aquisições espirituais, morais e intelectivas, a ponto de poderem endossar-lhes, depois, as comunicações anímicas, como se fossem de autoria dos desencarnados."
                 Notamos, assim, que  a preocupação com o animismo é muito mais de médiuns e dirigentes do que dos espíritos que se comunicam nas reuniões mediúnicas. (CONTINUA)

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