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sábado, 12 de abril de 2014

A energia de Chico Xavier

Por Fernando Antonio Melo
Marcel Mariano (BA)


       As vezes penso que sou um homem de sorte. Liguei o computador e fui ver, pela internet, o andamento do IV Congresso Espírita Brasileiro (João Pessoa), por volta das 8h30 deste sábado. E lá estava usando a tribuna o palestrante Marcel Mariano, da Bahia, que eu nunca ouvira falar. Sua conferência versava sobre o tema "Fora da Caridade não há salvação". Em poucos minutos de audiência, confesso ter ficado encantado com o orador. Sem ser teatral, ele mostrava segurança e conhecimento, como poucos, da Doutrina Espírita.
      Esperei terminar a palestra e corri para o Google. Mas afinal, quem é Marcel Mariano? E foram boas as surpresas. Eu estava certo! O homem tem um cabedal valioso a respeito do Espiritismo, com vasta esperiência em palestras, tendo sido convidado para diversos recantos do Brasil, inclusive no exterior.
      Corri para ver e ouvir alguns videos seus,  e a sorte de novo bateu minha porta. Lá estava um (Opções diante da vida) em que ele falava sobre sua visita, numa comitiva de 49 bahianos, que fretaram um ónibus com destino a Uberava, para conviver alguns instantes com Chico Xavier. Confesso que fiquei emocionado, pois sempre quis saber um pouco dessa energia, desse poder que Chico Xavier emanava aos que o conheciam. 
      Era fevereiro de 1992, acontecia assim a oportunidade, tão ansiosamenrte esperada por Marcel Mariano de conhecer a figura veneranda deste mineiro que encantava o mundo com sua mensagem de paz e amor. Ele chega, suave e sempre sorrindo, assiste compenetrado a  a leitura de uma passagem do Evangelho, e em seguida, com papel e lápis, ele psicografa uma página da poetiza baiana, que viveu em Itabuna, Maria Dolores.
      Acontece algo bem interesssante contado por Marcel Mariano, que tem como protagonista Maria Dolores e o seu marido Melquiades. Por volta dos anos 40 (século passado), quando o amor ameaçou esfriar entre o casal, quando o casamento sem filhos ... ela e Melquaides foram a Pedro Leopoldo, buscar conselho de Chico Xavier, no verdor dos seus 30/35 anos. Ele. já conhecido nacionalmente pelo Parnaso... pela obras de Humberto de Campos, pelos romances de Emmanuel e iniciava-se na literatura de André Luiz, acolheu aquele casal. 
       E continua Marcel Mariano: "Chico Xavier segurou a mão de Maria Dolores e do companheiro e começou a ouvir as queixas do casamento que começava a morrer. Ele então colocou as suas mãos quentes sobre aquelas duas mãos geladas, e disse para ela, um versinho de uma marcha carnavalesca, muito em voga naqueles anos:
        - Minha filha, deixa as águas rolar.
        Os dois sairam tão inebriados do contato com aquele homem venerando, que empreendeu uma segunda "lua de mel" à Europa, revitalizando aquele matrimônio que ameaçava morrer por ter caído na rotina. Mais tarde, a benfeitora abandonaria o corpo e por aquele mesmo médium que havia conhecido enquanto vaso físico, retornaria de além túmúlo para nos brindar com livros de comovedora beleza, onde ela arranca verdadeiras perólas da poesia..."

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