
Quem era Nilson, que tipo de pessoa era?
Nilson foi, na Terra, um homem jovial e encantador, dedicado ao trabalho do bem desde que travou contato com o Espiritismo no ano de 1945. Na ocasião era marinheiro, posteriormente telegrafista dos Correios e, por fim, bancário, em cujo labor aposentou-se. Portador de uma dedicação incomum, era considerado o "homem dos sete instrumentos" pela sua capacidade de exercer as mais variadas funções em nossa Instituição, consertando tudo o que lhe chegava às mãos. Responsável pela edificação de todo o conjunto de casas, departamentos e residências da comunidade Mmansão do Caminho, instalaçõs elétricas, água e serviços gerais. Antes de torna-se espírita aos 23 anos de idade teve namoradas e quase ficou noivo. Posteriormente entregou-se totalmente à obra de amor e quase não dispôs de tempo para materializar outras aspirações. Era alegre e jovial, mas sério e responsável, sendo muito respeitado e amado.
Como nasceu a vossa amizade, como se conheceram, como nasceu o projeto de, em conjunto construirem a Mansão do Caminho? E que tipo de cidadão era?
Em 1945 eu ensina português em uma Escola de datilografia, auxiliando os alunos que tinham dificuldade com o idioma. Eu estava com 18 anos. Nilson e amigos matricularam-se na Escola no mês de fevereiro e passei-lhe a ministrar-lhe e aos companheiros noções do idioma pátrio. Neese ínterim seu genitor enfermou gravemente e sabendo-o prontifiquei-me a visitá-lo, constatando que se tratava de um transtorno obsessivo de consequências orgânicas. Apliquei-lhe a terapia dos passes, da água fluidificada, os Benfeitores orientaram-no no tratamento homeopático e, ao recuperar-se, toda a família tornou-se espírita.
O projeto da Mansão do Caminho é resultado de uma visão psíquica de que fui objeto, quando ambos retornavamos a uma visita a uma jovem obsediada e nos encontrávamos num comboio ferroviário. Ao descrever-lhe o que vi, ele desenhou e guardou os detalhes apresentados, vindo a materializar-se, por volta de 1955... Ao adquirir-mos uma área de 86 mil metros quadrados, ele começou a construir a comunidade conforme o desenho que fizera, resultando no que hoje existe. Antes as criançs viviam num edifício de 3 andares, então denominado orfanato, qu erecebeu o nome de Manão do Caminho. Era um cidadão eminentemente pacífico e trabalhador.
É verdade que ele mandava o Divaldo deitar-se no banco de trás do carro, para não o incomodar, pois o Divaldo confundia os vivos com os mortos? (risos...). Que outras histórias pitorescas que ache oportuno partilhar?
Realmente, no período de educação da mediunidade, o fenômeno era tão pulsante que me levava a dificuldade de distinguir aquilo que era objetivo do que se passava no campo da paranormalidade. Eu via acidentes e assustava-me, obrigando Nilson a mandar-me para a parte de trás do carro, a fim de não o atrapalhar. Dessa forma não aprendi a conduzir veículos até hoje. Muitas vezes, eu era apresentado a uma pessoas e via-lhe o semblante. Ao reencontrá-la, apresentava outra face, o que muito me confundia, porqque dependia do acompanhamento espiritual daquele momento.
Qual o papel dele na Mansão do Caminho, que tipo de trabalhos era da sua responsabilidade?
O papel de Nilson na Mansão do Caminho era e fundamental importância. Porque além de ser o grande trabalhador, também era o presidente do Centro Espírita Caminho da Redenção e de todos os seus departamentos, incluindo a Mansão. Não se detinha, porém, no que lhe era dever realizar, mas estava sempre disposto aos labores que se apresentavam, o que não eram poucos. Dormia pouco, a fim de atender a todos os compromissos, nunca ultrapasando 4h30 em média diariamente. (CONTINUA)
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