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quinta-feira, 15 de maio de 2014

Mediunidade - 2

(continuação)

                      Não somente na casa dos apóstolos em Jerusalem mensageiros espirituais prestam contínua assistência aos semeadores do Evangelho; igualmente no lar dos cristãos, em Antioquia, a mediundiade opera serviços valiosos e incessantes. Dentre os médiuns aí reunidos, em deles, de nome Agabo, incorpora um espírito benfeitor que realiza importante premonição. E nessa mesma igreja, vários instrumentos medianímicos aglutinados favorecem a produção da voz direta, consignando expressiva incumbência a Paulo e Barnabé.
                      Em Tróade, o apóstolo de gentilidade recebe a visita de um varão, em Espírito,a pedir-lhe concurso fraterno.
                       E, tanto quanto acontece hoje, os médiuns de ontem, apesar de guardarem consigo a Benção Divina, experimentavam injustiça e perseguição. Quase por toda a parte padeciam inquéritos e sarcasmos, vilipêndios e tentações.
                     Logo no ínício das atividades mediúnicas que lhes dizem respeito, vêem-se Pedro e João segregados no cárcere. Estevão é lapidado. Tiago, o filho de Zebedeu, é morto a golpes de espada. Paulo de Tarso é preso e açoitado várias vezes.
                        A mediunidade que prossegue fulgindo, entre os mártires cristãos, sacrificados nas festas circenses, não se eclipsa, ainda mesmo quando o ensinamento de Jesus passa a sofrer estagnação por impositivos de ordem política. Apenas há alguns séculos, vimos Francisco de Assis exalçando-a em luminosos acontecimentos; Lutero transitando entre visões. Teresa d´Ávila em admiráveis desdobramentos; José de Copertino levitando ante a espantada observação do papa Urbano 8º, e Swedenborg recolhendo, afastado do corpo físico, anotações de vários planos espirituais que ele próprio filtra para o conhecimento humano, segundo as concepçõs de sua época.
                           Compreendemos, assim, a validade permanente do esforço de André Luiz, que, servindo-se de estudos e conclusõ
es de conceituados cientistas terrenos, tenta, também aqui, colaborar na elucidação dos problemas da mediunidade, cada vez mais inquietantes na vida conturbada do mundo moderno.
                          Sem recomendar, de modo algum, a prática do hipnotismo em nossos templos espíritas, a ele recorre, de escantilhão, para fazer mais amplamente compreendidos os múltiplos fenômenos da conjugação de ondas mentais, além de, com isso, demonstrar que a força magnética é simples agente, sem ser a causa das ocorrências medianímicas, nascidas, invariavelmente, de espírito para espírito.
                            Em nosso campo de ação, temos livros que consolam e restauram, medicam e alimentam, tanto quanto aqueles que propõem e concluem, argumentam e esclarecem.
                            Nesse critério, suprendemos aqui um livro que estuda.                                                                                 Meditemos, pois, sobre suas páginas.      
  
EMMANUEL, Uberaba 6 de agosto de 1959                    

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