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quarta-feira, 25 de junho de 2014

Cartas psicografadas - 2

(continuação)

O pai sepultar o corpo de um filho
não é a ordem considerada natural da vida

Os casos selecionados para o filme constituem um pequena amostra em face da quantidade surpreendente de cartas que Chico Xavier recebeu do Além, endereçadas por filhos desencarnados aos pais terrenos. No meio espírita causou grande impacto o livro Jovens no Além, psicografado por Chico Xavier na década de 70, no qual quatro jovens enviam mensagens aos seus pais. O livro iniciava, ali, uma fase importante do trabalho do saudoso médium, qu epassou a receber semanalmente, centenas de pessoas que se deslocavam até a cidade de Uberava na esperança de também contactar seus entes queridos.

Como sabemos, o pai sepultar o corpo do filho não é a ordem natrual considerada da vida e talves esteja aí o vulto que torna a perda de um filho fator determinante para que a montagem do filme elegessem essas histórias para serem contadas.

O filme, evidentemente, não se propõe a questionar as cartas ou explicar o fenômeno da psicografia Ele, em verdade, se ocupa da dor da perda de um filho e da chance de sobreviver a do contato que esse tipo de correspondência estabelece entre aquele que partiu e seus pais. Uma das personagens do filme, D. Yolanda Cezar, definiu esse sentimento com precisão: "Quando se perde o cônjuge, fica-se viúvo,qaundo se perde o pai, fica-se órfão, quando se perde filho não há nome...".

Os trechos das cartas falam do amor pelos pais
e as tornam mais humanas

Diante dessa dor sem nome, o filme optou pela simplicidade em sua forma de apresentar o tema. Nele, as conversas filmadas são intercaladas pela leitura das cartas e por plano dos espaços de entrevista vazios. O recato formal descarta intervenções estilísticas que possam criar sensacionalismo e interferir no compartilhamento deses sentimentos com o público.

"O filme é um exercício de compreensão do sentimento de quem recebe a carta de um ente que se foi, o sentido da vida e da morte", diz Cristina. "Não é um filme sobre o Chico, mas sobre seu trabalho, que ajudou as pessoas a sobreviverem  a essa perda que nao tem nome".

Privilegiei na montagem os trechos das cartas que falam do amor pelospais e as tornam mais humanas. Não dá para ficar imune ao que ouvi. Naõ virei espírita, mas hoje acredito na vida após a morte", afirma a diretora.

O filme conta com a participação de Yolanda Cezar, Nyssia Cantamessa Leão de Oliveira, Sonia e David Muszkat, Thereza de Toledo Santos, Edinah e Armando Lodi, Piedade da Silva Chapela, Maria Helena de Jesus Sonvêsso e Maura Pereira Cassiano.

Exibido inicialmente nas cidade de Catalão (GO), catanduva (SP), Goiânia (GO) e Maceió (AL), o filme esta programado para, no período de 12 a 18 de novembro (2010), ser exibido nos cinemas de Brasília, Campinas, Curitiba, Fortaleza, Juiz de Fora, Novo Hamburgo, Porto Alegre, Rio de Janeiro, Salvador, Santos, São Paulo, Tubarão, Valença e Vitoria.

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