Mediunidade a serviço do amor

Espiritismo&Ciência

Grande Nomes do Espiritismo, nº 72

Uma conversa com o médium Antonio Demarchi

sobre suas  experiências como dirigente espírita

e sobre o seu novo livro, Uma noite sem fim.

O médium, orador e dirigente espírita Antonio Demarchi, conta como deu seus primeiros passos no Espiritismo e como chegou até à Doutrina. Fala sobre suas atividades doutrinárias e sua atuação no Centro Espírita A Caminho da Luz, com o qual colabora a anos.

Demarchi teve publicado recentemente a obra Uma noite sem fim (Petit Editora), de autoria do Espírito José Florêncio. O médium foi um dos oradores do Congresso da Federação Espírita do Estado de São Paulo de 2014, ocasião em que ministrou a palestra "A educação ds mediunidade para melhor qualidade de vida".

Nasceu em Duartina(SP) e viveu o período da infância e adolescência em Paulistânia (SP). Em 1976, graduou-se em Economia, época em que conheceu o Espiritismo e aprofundou-se no estudo da Doutrina e na prática mediúnica.

Como foi sua iniciação no Espíritismo?

Foi na época em que eu cursava a faculdade. Morava sozinho em um quartinho, na Vila Gustavo, em São Paulo. Saía da faculdade e retornava para casa sempre depois da meia noite. Cansado, me deitava e logo adormecia. Foi quando vivenciei, pela primeira vez, um desdobramento espiritual. Saí do corpo, em espírito, logo depois de adormecer. Na primeira vez em que isso ocorreu, fiquei assustado. Pensei que estava morto, Vi meu corpo deitado na cama, mas me sentia fora dele. A partir daí o fenômeno se repetiu várias vezes. Eu me via em lugares agradáveis, em outras ocasiões transportava-me a regiões sombrias, ouvia vozes estranhas e via entidades assustadoras.

Nessa época, meu irmão Álvaro - já desencarnado - que havia abraçado o Espiritismo me aconselhou a procurar um centro espírita e buscar ajuda. Eu me recusei, pois, como todos nós o sabemos

 "santo de casa não faz milagres". Um dia ele me disse: "Lá no centro, durante uma consulta, disseram-me que você é medium e precisa desenvolver essa aptidão". As palavras do meu irmão me assustaram mais do que os fenômenos que me pertubavam, pois eu não desejava, de jeito nenhum, ser médium.

Tempos depois, na empresa em que eu trabalhava, foi admitido um funcionário. Quqndo nos apresentamos ele me pergutou: "Qual é a sua religião?" Respondi que era católico, embora naquela época não frequentasse nenhuma igreja. Para minha suroresa, ele comentou: "Interessante, proque quando o comprimentei, senti uma energia diferente. Pensei que você fosse espírita". Não sei explicar , mas de imediata senti muita confianla nele. Depois, ele me convidou a acompanhá-lo até o centro que frequentava. Foi essa a primeira vez que coloquei os pés numa casa espírita, a Seara do Mestre, na Rua Gama Lobo, no bairro do Ipiranga, em São Paulo. Isso ocorreu por volta de 1976, desde então encontrei meu caminho e nçao parei mais.

Fale sobre o desenvolvimento da sua mediunidade.

Quando comecei a frequentar o Centro Espírita Seara do Mestre, percebi que a minha sensibilidade mediúnica estava à flor da pele. Notei que uma coisa boa havia ocorrido: os fenômenos de desdobramento, que me causavam tanta preocupação, cessaram. Em 1977, resolvi procurar a Federeção Espírita do Estado de São Paulo (FEESP) para me aprofundar no conhecimento da Doutrina, e me escrevi no Curso de Desenvolvimento Mediúnico. Conheci espíritas extraordinários , como o professor Ari Lex, o senhor Bovino entre outras criaturas dedicadas daquela grandiosa instituição.
Não posso me esquecer de Odalea Contatore, uma grande mestra que me auxiliou muito em meus ideias cristão. Nessa época, conheci outras criaturas maravilhosas que me influenciaram positivamente. Eltre elas, o Maestro Rafael Puglieli, da extinta TV Tupi - o  primeiro arranjador das composiçõs da cantora Maysa -, e sua esposa Lana. Dedicados, colaboravam para a Fraternidade Irmão Nóbrega, casa localizada no Alto da Mooca, obra assistencial simplesmente notável. (CONTINUA)