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terça-feira, 29 de julho de 2014

O encontro de Yvonne ...

Yvonne A. Pereira
Por Cristina Helena Rocha
Correio Fraterno
Bau de Memória

O encontro (frustrado) de Yvonne Pereira 
com Roberto de Canalejas

Yvonne Pereira nasceu com diversas formas de mediundiade: desdobramento, vidência, cura, dentre outras. Viveu para servir ao plano espiritual e sua biografia é uma verdadeira lição de superação e reconquista da honra espiritual. Em encarnações diversas, descritas em seus romances, nos quais é protagonista.vioveui intensamente paixões e quedas morais, ferindo espíritos amigos e enveredando pelo suicídio  por duas encarnações seguidas. Não por acaso trouxe à tona o melhor tratado sobre o suicídio, através da narrativa das experiências dolorosas de Camilo Castelo Branco em Memórias de um Suicida. Neste livro, vamos encontrar uma personagem melancólica denomida Roberto de Canalejas. Ele, no plano espiritual e Yvonne, encarnada no Brasil, em lar humilde. Eis o trecho em que ele mostra a Camilo a sua esposa espiritual, ainda criança.

[...] Enviou mensagem telepática a seus maiorais, e em seguida aproximou-se do esplndido receptor de imagens, sintonizou-o cuidadosamente para a crosta terrestre e esperou, murmurando como que para si mesmo: "Deve estar entardecendo no hemisfério sul ocidental... Não haverá indiscrição em procurar vê-la neste momento...".
Com efeito, a pouco e pouco a configuração de uma criança destacava-se da penumbra de um aposento de família paupérrima. Tudo indicava tratar-se de um lar brasileiro dos mais modestos, conquanto não miserável. Uma menina aparentando cinco anos de idade, cujas feições concentradas e triste indicavam a violência das tempestadades que lhe tulmutuavam o espírito, entretinha-se com seus modestos brinquedos de criança pobre, parecendo mentalmente preocupada com reminiscências que se embaralhavam aos fatos presentes, pois falava às bonecas como se conversasse com personagens cuja imagens se desenhavam quais contornos a crayon em suas vibrações mentais.
Roberto contemplou-a tristemente (...)
"Aí está, reencarnada na Terra de Santa Cruz... onde palmilhará deu doloroso calvário de expiações... Vive agora fora dos ambientes que tanto amava!... desamparada pela ausência daqueles que tão devotadamente a estremeciam, mas cujos corações espezinhou com a mais cruel ingratidão! Leila desapareceu para sempre na voragem do pretérito...Para o mundo terrestre será linda e graciosa criança, inocente e cândida como os anjos do céu! Perante a consciência dela própria, porém, e o  julgamento da lei sacrossanta que infringiu, é grande infratora que cumprirá merecida pena, é a adúltera, a perjura, a infiel, blasfema e suicida, pois Leila foi também suicida, que renegou pais, esposo, filhos, a família, a honra, o dever, pelas funestas atrações das paixões inferiores". (...) É assim sempre - exclamou tristemente - , não tem coragem para enfrentar-me... No entanto pensa em mim e deseja voltar ao meu convívio...".
A história de Roberto esteve sempre entrelaçada à de Yvonne. Em Recordações da Mediunidade percebemos os fortes laços que os uniu séculos a fio. Roberto foi Luis de Narbone (Nas voragens do pecado), Henri Numiers (O cavaleiro de Numiers) e Arthur de Guzman ( O drama de Bretanha). A sua existência, no século 19, quando foi médico pesquisador do virus causador da tuberculose, não está registrada em forma de romance. Há, porém, um pequeno volume, quase desconhecido do público, denominado Um caso de reencarnação - eu e Roberto de Canalejas (editora Associo Lorenz, 2004) Nessas poucas páginas Yvonne nos surpreende com o relato da reencarnação de Roberto, na Polonia, quando ela já em idade madura o localiza através de um grupo que trocava postais usando o esperanto (idioma que os espíritos utilizaram para ditar alguns de seus livros). Nesta narrativa comovente a relação entre a médium e Robeto detalhada, desvelada.Yvonne nos revela a presença de Roberto dese a sua infância, passando pela adolescência, quando a seguia como espírito, a despedida ao retornar à Terra, até o vínculo com um ´desconhecido`Z.P. (ela não revela o nome), que é o próprio Roberto, vivendo na Polônia distante. A transmutação do amor humano, carnal em amor espiritual, profundo, abrangente é para ela uma luta diária consigo mesma. O sofrimento ao sabê-lo encarnado, ao visitá-lo espiritualmente, sem podeer vê-lo foi sua ´prova de fogo`, que lhe exigiu renúncia extrema. Tanto conteúdo há nesse pequeno volume, ensinamento e exemplos que nos mostram que o maior desafio para o ser humano é vencer a si mesmo, superar o passado e construir um futuro de luz. Imaginamos os ex-suicidas como pessoas em deficiências, alquebradas fisicamente, como ´castigo`. Mas nem sempre é assim. Para o espírito, os sofrimento e limitações físicas nem sempre são as situações mais difíceis.

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