B L O G DOS E S P Í R I T O S

sábado, 5 de julho de 2014

Problema em serviço

Por Emmanuel
(Chico Xavier)

           Não apenas quando irmãos muito caros nos deixam a sós na Seara da Luz. Não somente quando se nos retiram da senda, abraçando tarefas outras de que se acreditam necessitados em louvor da evolução própria.
           Igualmente quando se nos desligam do pensamento ou da comunhão mais íntima, embora continuem pessoalmente conosco, é preciso compreender e auxiliar, abençoando-lhes o caminho.
           Frequentemente, afeiçoamo-nos aos nossos amigos, com tamanho fervor, que os nossos ideais e as nossas forças se entranham com os deles, em regime de permuta incessante, de cujo circuito extraímos, não raro, larga quota do estímulo de que carecemos para trabalhar e viver.
           No entanto, por efeito das tarefas e provas que trazem à existência, em muitas ocasiões, separam-se psicologicamente de nós, para se entrosarem com outras situações e com outras criaturas.
           Chegado esse instante, é imperioso ajudá-los com o nosso apoio e entendimento.
            E de que modo julgá-los em processo de censura, se não dispomos de medida para avaliar-lhes as necessidades e confltios do coração?  
            Esse atingiu as fronteiras da resistência mental e não mais se harmozia com o nível das tarefas que nos assinalam as esperanças. Outro procurou vantagens que não mais nos seduzem a vida.
             Aquele escutou desafios à mudança que aceitou, em pleno uso da liberdade de escolher. Aquele outro sofreu o impositivo de circunstâncias constrangedoras, afastando-se da trilha de alegrias mútuas, carregando, transitoriamente aflitivos padecimentos morais.
             Isso, porém, não pode nos impulsionar à deserção do dever que nos cabe na Seara do Bem.
             A verdade, é a verdade e todos os nossos entes queridos comungarão conosco à luz da verdade, seja hoje, amanhã ou depois de amanhã. E, quanto a permanecermos sem eles, por algum tempo, na oficina das obrigações que a vida nos deu a realizar, estejamos convencidos de que servir aos outros será sempre, em primeiro lugar, servir a nós mesmos, e de que se formos fieis ao trabalho do Bem, que essencialmente pertence ao Senhor, o próprio Senhor, através desse mesmo trabalho, em tudo nos guardará e de tudo nos proverá.
(Do livro Mãos Unidas)        

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