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terça-feira, 26 de agosto de 2014

Espírito na psicografia - 5

(final)

Há casos em que o autor prefere valer-se de um pseudônimo

O choque da sobrevivência do Espírito à morte do corpo acaba tendo um grande impacto sobre os ideais destes escritores. Neste caso, o estilo pessoal de escrita poderia ser observado, mas o conteúdo é tão diferfenciado em relação às ideias anteriores do autor que causam rejeição pelos estudiosos da obra do referido autor, enquanto escritor encarnado.

Tais dificuldades, longe de desmerecer, enaltecem o grande número de obras cujas autorias espirituais são avalizadas por especialistas e críticos literários. Não podemos esquecer-nos do celébre Parnaso do Além-Túmulo de autores diversos pela mediundiade de Chico Xavier; das obras de Humberto de Campos, também pela mediunidade de Chico Xavier; de Cristo espera por ti de Honoré de Balzac por Valdo Vieira; de Memórias de Um Suicida de Camilo Castelo Branco/Leon Deniz por Yvonne do Amaral Pereira; de O Mistério de Edwin Drood, que foi iniciado pelo célebre autor britânico Charles Dickens, enquanto autor encarnado, e concluído por esse mesmo autor, após sua desencarnação por meio de um médium americano praticamente iletrado, cuja obra foi traduzida ao português por Hermínio C. Miranda.

Muitas vezes, quando o Espírito comunicante percebe que não será possível imprimir seu estilo literário por intermédio de determinado médium, visando a estudos comprobatórios subsequentes que gerem mais uma evidência da imortalidade da alma e da comunicabilidade dos Espíritos, ele prefere utilizar um pseudônimo, para que a obra chegue até nós como o objetivo de nossa edificação espiritual pelo conteúdo da mensagem. Aconteceu algo semelhante quando Victor Hugo absteve-se de enviar pessoalmente uma das suas obras por intermédio de Dona Yvonne do Amaral Pereira e sugeriu que Charles o fizesse, pois ambos conheciam o respectivo conteúdo da narrativa a ser contada. Dona Yvonne tinha a maior afinidade pelo estilo de escrita de Charles em relação a Victor Hugo, o que inviabilizaria a tentativa deste último, até por se tratar de escritor muito conhecido da Literatura Universal. Outras vezes, o Espírito prefere o pseudônimo para evitar que o médium seja agredido pela incredulidade da família, à semelhança do que aconteceu com Chico Xavier no "Caso Humberto de Campos". Esse teria sido, inclusive, um dos motivos para que o Espírito André Luiz não utilizasse seu verdadeiro nome para assinar sua obra. Nesses casos, um segundo objetivo da publicação das obras seria inviabilizado, que seria justamente o de fornecer uma evidência adicional da imortalidade da alma por meio da identificação do autor espiritual conehcido na Terra.

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