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segunda-feira, 1 de setembro de 2014

Mente humana

(final)
Sigmund Freud (1856-1939)

No livro Discurso sobre o Método, e nas Meditações Sobe a Primeira Filosofia, Descartes distingue duas espécies de entidades: a matéria e a alma. A essência da matéria é a sua extensão espacial; a essência da alma é a cogitatio. Toda substância possui um atributo principal, aquele da alma é o pensamento, assim como aquele do corpo é a extensão.

Freud, a par da evolução relacionada com o conhecimento do cérebro desenvolvida pela nerologia na segunda metade do século XIX. inaugurou uma investigação extraordinária da natureza íntima do ser humano; frequentador da escola neurológica de Charcot e conhecedor dos avanços da hipnose da escola de Lyon, pôde desenvolver uma Teoria da psique.

Ele sugeriu uma organização para o nosso aparelho psíquico, esclareceu a natureza do inconsciente, sua importância na determinação das nossas condutas e os métodos para desvendar as mensagens sutis amortecidas por este inconsciente. Para Freud, o inconsciente retém os nossos desejos que não podem ser expressos na consciência devido à censura ética e moral a que estão submetidos.

Carl Gustav Jung, entre outros, expandiram e modificaram o pensamento freudiano, mas sempre considerando a existência de uma energia psíquica nas atitudes e na motivação dos nossos comportamentos.

A complexidade do psiquismo humano ainda não encontrou na Ciência uma teoria suficientemente ampla para abranger toda extensão de suas propriedades.

"A Psicologia necessita de espiritualidade. Denominamos espiritualidade tudo que se refere à natureza subjetiva do ser humano. Seu aspecto psíquico, não material, transcendente às concepções físicos-energéticas, distanciado do causalismo fisiológico, muito embora interferindo nele. É na sua manifestação amorosa, sensível às emoções nobres não contaminadas pelas conexões lógicas do ego, que vamos encontrar essa natureza espiritual. Espiritualidade não é Espiritismo nem espiritualismo, é amorosidade e inclusão da percepção do espírito como ser existente e eterno.

Sob essa perspectiva concluímos que a mente humana é a alma se manifestando em nosso corpo, ajudando-nos a evoluir tanto como "Homens" quanto como espíritos.

"O pensamento é energia que expressa nossos desejos. Somos sensibilziados por estímulos externos que desencadeiam percepções cerebrais de vários matizes. As cores, os sons, os sabores ou os afetos geram em nós sensações que despertam desejos, criam ideias e organizam pensamentos que expressamos pela linguagem. Esta experiência sensorial nos permitiu desenvolver reflexos, hábitos, instintos, automatismos, discernimento, raciocínio e, finalmente, a inteligência e a consciência de si mesmo num  processo evolutivo do ser unicelular ao homem com seus bilhões de neurônios. Por efeito das vibrações que emitimos ao pensar, estamos automaticamente ligados, por sintonia mental, à todas as criaturas que no mundo inteiro pensam como nós [...] Somos livres para pensar e induzir aos outros a pensarem como nós. Porém, somos escravos das ideias que fixamos para nós mesmos e das sugestões que nos incomodam". 

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