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sábado, 19 de abril de 2014

Homenagem profética

Texto extraído do livro
Pontos de Vista de
Octávio Caúmo

Uma homenagem-profética
a Allan Kardec

         O Courrie de Paris de 11 de junho de 1857, poucos dias após o lançamento da primeira edição de O Livro dos Espíritos, edita matéria sobre o fato.
            O jornal informa que havia sido publicada obra deveras notável, até msmo curiosa, se não houvesse nela coisas interessantes que não poderia ser consideradas banais: "O Livro dos Espíritos" escreve, "é página nova no próprio grande livro e, estamos persuadidos, uma marca será posta nesta página".
            Declara o editor, Sr. Du Chalard, que não conhece o autor mas que alguém que escreveu tal prefácio deve ter a alma aberta a todos os sentimentos nobres. Afirma, ainda, que jamais fez qualquer estudo sobre fenômenos sobrenaturais, embora, vez por outra, se perguntassse o que haveria nas regiões onde se convencionou chamar "O Alto".
            O jornalista, impressioando com a obra, não tem dúvida em recomendá-la. "A todos os deserdados da Terra, a todos quanto marcham e que nas suas quedas regam com lágrimas o pó das estradas, diremos: Lede O Livro dos Espíritos; ele vos tornará mais fortes. Também aos felizes, que pelos caminhos só encontram aclamações e os sorrisos da fortuna, diremos: estudai O Livro dos Espíritos e ele vos tornará melhores.
           Menciona que o trabalho é da autoria dos Espíritos, fala das sublimes respostas, mas enaltece as perguntas que as provocaram. Desafiam os mais incrédulos a rirem quando lerem o livro em silêncio e solidão.
             Após o comentário, propõe: "O senhor é homem de estudo e tem aquele boa fé que apenas necessita instruir-se? Então leia o Livro Primeiro, que fala sobre a Doutrina Espírita. É dos que se ocupam apenas consigo mesmo e nada enxergam acima dos próprios interesses? Leia as Leis Morais. Todos os que têm pensamentos nobres de coração, leiam o livro da primeira a última página.
                No título dissemos tratar-se de uma homenagem profética. Naquele instante, o jornalista vislumbrou a estrada de luz que se abria com as revelações e só alguém igualmente com grande sensibildiade poderia perceber a conotação divina que o livro apresentava.
                Entre os espíritas, mesmo já tendo convivido com tais notícias há mais de cento e quarenta anos, encontramos poucos com as convicções do editor francês que, de pronto, percebeu a chegada do Consolador.

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