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quarta-feira, 21 de maio de 2014

A missão de Emmanuel - 4

(continuação)

          Não tenho a finalidade de afirmar que Chico Xavier fosse a reencarnação de Carlos Clenaghan, pois para fazer uma afirmativa assim eu teria de ter uma prova cabal, por escrito, seja de Emmanuel, seja de Chico. Apresentei esse "achismo" procurando chamar a atenção de alguns espíritas que acreditam em tudo o que ouvem a passam adiante. Por essa razão é que temos um amontoado de informações equivocadas, as quais acabam tornando a Doutrina Espírita mística. Se apresentasse esse "achismo" como um arealdiade, estaria agindo da mesma forma que aqueles que dizem que Chico foi Kardec; isto é, seria um irresponsável.
          A superioridade de Emmanuel é confirmada pela lógica e pela racionalidade que utilizamos para analisar os fatos. Se Emmanuel não fosse um espírito superior e responsável - como alegam alguns espíritas - também enganaram-se Jesus, Ismael e Kardec. Entendo, em minha pobre visão, que Emmanuel não dirigiu o movimento espírita que se desenvolveu no Brasil de alegre. Acredito que ele tenha sido por Ismael, sob os auspícios de Jesus, para desempenhar a sublime tarefa. Acreditar que esta escolha por parte do anjo Ismael tenha aconetcido por simpatia gratuita do anjo tutelar de nossa pátria é acreditar que Ismael também é imperfeito.
             Mais que isso, a postura de Emannuel perante a Doutrina Espírita é de responsabilidade; não existe algo que o desabone, embora existam aqueles que apresentam como equívocas as afirmações de nosso amigo querido. Estes equívocos eu os reverto e devolvo aos juizes despreparados que, aprisionados à letra, esquecem-se por completo da essência.
             Um dos mais fortes motivos que alguns confrades encontram para criticar Emmanuel é o alegado conceito de "alma gêmea" que ele apresenta. E a discussão é infrutífera simplesmente porque Emmanuel não afirmou a existência de almas gêmeas como uma clonagem natural, na qual uma alma seja a duplicação de outra alma. Tampouco afirmou que a alma gêmea é a duplicação da substância, no momento em que o "eu inteligente" teve seu início, a partir da maturação da alma quando iniciamos nossa jornada a caminho da individualidade do ser. Ele apenas utilizou o vocábulo como uma metáfora.
               A discussão é infrutífera porque, para que a  polêmica existisse, seria necessário que Emmanuel tivesse feito a afiormativa, ou que existissem confrades que afirmassem que existem almas gêmeas como duplicação uma da outra. No entanto, não há que faça esta afirmação. Eu mesmo já escrevi dois textos, publicados na revista Espirtismo & Ciência,e  em
nenhum deles apresento esta afirmativa. Pelo contrário, deixo bem claro que Emmanuel se utilizou do vocábulo como metáfora.
                 Polemizamos quando respondemos a um questionamento ou a algo que tenha sido escrito e que acreditamos que seja equivocado. Assim, utilizando-nos da lógica, da razão e do bom senso, apresentamos argumentos que esclarecem este equívoco. Mas não devemos jamais dizer que algo está equivocado sem apresentarmos provas convincentes deste equívoco. E menos ainda dizer que está errado por não acreditarmos. É nosso dever explicar o erro, pois nosso ato de fé deve estar conforme a lógica e a racionaldiade, como foi pedido por Allan Kardec, algo que, infelizmente, hoje não acontece.
                   Alguns costumam calar, não polemizam, apenas dão como equivocado o tema ou a questão apresentada. A estes costumo chamar de cadeiras cativas na Doutrina Espírita; não precisam justificar nada; a sua augusta personalidade já justifica tudo. Infelizmente, esses confrades estão sustentados por uma ortodoxia cega, que se atém à letra e não atenta na essência do Espíritismo. Assim, vamos aceitando absurdos por nos mantermos enceguecidos pelo orgulho, pelo ciúme e pela inveja, pois as críticas que apresentam a Emmanuel são insustentáveis, não têm outro cunho que não estes citados. (CONTINUA)

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