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sábado, 24 de maio de 2014

Tropeços e desgostos

Por Emmanuel
(Chico Xavier)


                        Beneficência raramente observada: poupar aos outros a participação nos tropeços ou desgostos que nos afetem a vida.
                        Pensa na inquietação que experimentas quando familiares e amigos te comunicam um problema pessoal, que não consegues resolver, e, tanto quanto possas, procura dissipar, por ti mesmo, as nuvens de aflição que, porventura, ensombrem-te o campo íntimo. Para isso, entrega-te às tarefas novas, cuja execução se te faça compatível com as próprias forças e nas quais te reconheças útil aos demais.
                        Se não podes efetuar, de imediato, semelhante esforço, desloca-te, pouco a pouco, do mundo mental menos ajustado ao encontro de atividades diferentes das obrigações rotineiras, suscetíveis de propiciar-se refazimento ou renovação.
                        A leitura de um livro edificante...
                        Uma visita construtiva...
                        O passo na direção daqueles que atravessam dificuldades maiores, no objetivo de auxiliá-los...
                        O aprendizado de técnicas que enriqueçam a personaldiade...
                        Tudo o que deves esquecer, tanto aquilo que te compete lembrar, é de suma importância, não somente em socorro da restauração própria, como também no apoio à essa beneficência genuína,  em que o teu silêncio é valioso fator de imunização da paz, naqueles que te rodeiam, principalmente naqueles a quem mais amas.
                        Se a criatura a quem te confias no capítulo da perturbação ou da enfermidade não dispõe de recursos suficientes para melhorar-te a situação, a queixa em que te extravasas é tão somente um processo de  amargurar os entes amados ou um meio de expulsá-los de teu convívio.
                        Guarda o teu sofrimento o mostra unicamente àqueles amigos que te possam medicar com segurança, para não destruíres o apoio e a colaboração daqueles sobre os quais te sustentas.
                        Basta que o desejes e a vida te revelerá múltiplos caminhos de reajuste e libertação.
                        Sai de ti mesmo, carregando a tua dor, ao encontro das dores maiores que nos cercam, em todas as direções, a fim de minorá-las, e regressarás, cada dia, a ti mesmo, trazendo uma partícula nova a mais de compreensão - da bentida compreensão de que todos somos irmãos, sob a paternidade de Deus -, com dever claro e simples de auxiliar-nos uns aos outros, a fórmula mais alta de assegurarnos  o equilíbrio constante ou o reequilíbrio integral,
(Do livro Mãos Unidas)

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