A abordagem médica
Apesar do assunto espiritualidade estar começando a ser inserido nas universidades, há uma grande dificuldade ainda na integração da religião com a ciência por parte dos profissionais da área de saúde. Outro ponto a ser ressaltado é que os médicos que atuam hoje não receberam treinamento na faculdade de como abordar fatores espirituais no tratamento. "Existe muita resistência, baseada em crenças pessoais e preconceitos contra religião" explicou dr. Koening em uma palestra durante um congresso realizado pela AME-Brasil, em 2007. Ele falou, também na ocasião, que suas palestras nas universidades contavam com umn número maior de enfermeiras e assistentes sociais do que de médicos.
Embora alguns pacientes queiram que os médicos abordem a religião ou espiritualidade, outros preferem manter em separado; o médico deve sempre respeitar a opção, religiosa ou não, do paciente.
Deixou claro que os médicos podem falar com seus pacientes sobre o assunto, mas tendo sempre sensibilidade de como abordar a questão. O médico deve fazer um histórico espiritual do paciente, mas não pode forçar se o paciente não tiver nenhuma prática religiosa, caso contrário, sua atitude se torna antiética.
A grande dúvida dos médicos é como abordar a questão caso nçao tenha preparação para tanto. "Quanto o médico fala sobre religiosidade com seu paciente, aumenta o nível de confiança dessa relação", refletiu.
Dr. Harold acredita que na medida em que novas pesquisas estiverem disponíveis, apresentando maiores provas concretas, os cursos que abordam a ligação da espiritualidade com a saúde farão cada vez mais parte da grade curricular dos cursos de medicina.
Estudos comprovam que a fé pode fazer bem a saúde e proporciona menos comportamentos autodestrutivos, tais como: suicídio, abuso de drogas e álcool e menos estresse. Outro dado relevante é que a oração, meditação e práticas religiosas modificam a produção de substância do cérebro que atuam sobre as emoções e, consequentemente, atingem o sistema imunológico.
Uma tese realizada pelo psiquiatra Alexander Moreira, sobre os médiuns espíritas, demonstrou que a incidência de depressão e transtornos de humor era menor do que na população em geral. (CONTINUA)
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