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quinta-feira, 12 de junho de 2014

As cidades espirituais

Por Fausto Fabiano da Silva
RIE - Ago 2011

                   Não existem, nas chamadas Obras Básicas da Doutrina Espírita, relatos detalhados da vida espiritual como, por exemplo, os encontrados na série André Luiz. Entretanto, estudando o Espiritismo, verificamos que tais relatos são compatíveis com a lógica Doutrinária. É o que veremos analisando O Livro dos Espíritos e O Livro dos Médiuns.
                   A questão 278 (L.E.) nos relata sobre a existência de sociedades e grupos de espíritos reunidos por afinidade no mundo dos espíritos: "Os da mesma categoria se reúnem por uma espécie de afinidade e formam grupos ou famílias, unidos pelos laços da simpatia e pelos fins a que visam...". Ora, se os espíritos se reúnem, fazem isto em algum lugar; é lógico, portanto, pensarmos, que a realidade que cerca os espíritos seja constituída de alguma forma de matéria (ignorada por nós), já que o nada não existe, conforme a questão 36 (L.E.): "Não, não há o vácuo".
                  A questão 279 (L.E.) é ainda mais reveladora; por isto, é bom que o leitor a leia na íntegra:                 Todos os espíritos tem reciprocamente axcesos aos diferrentes grupos ou sociedades que ele formam?
 
                   R - Os bons vão a toda parte e assim deve ser, para que possa influir sobre os maus. As regiões, porém, que os bons habitam estão interditadas aos Espíritos imperfeitos, a fim de que não as pertubem com sua paixões inferiores.
                   A palavra "habitam" é de extrema significação, pois lembra morar, e morar lembra "casa"; para quem acha que uma casa seria um absurdo, é só ler a questão 254 (L.E.) que esclarece que os espíritos repousam:
                  "O Espírito, entretanto, repoua no sentido de não estar em constante atividade"; é claro que não é o mesmo tipo de repouso do corpo físico, mas é lógico acreditar que o espírito também possa fazer isto em lugar próprio, ainda mais se admitirmos que ele deve ter a necessidade de privacidade, de não estar a todo tempo no meio de outros espíritos, necessidade natural de momentos em que o ser recolhe-se em pensamentos e orações. Se o leitor quiser denomianr este local de "casa" não fique constrangido.
                  O termo "habitam" da questão 279 (L.E.), também nos remete à ideia de uma sociedade espiritual não momentânea ou ocasional; pelo contrário, leva-nos a crer numa certa estrutura organizacional, mais ou menos duradoura; afinal, os bons espíritos não habitariam no meio do caos e por pouco tempo, caso contrário, a palavra não seria "habitam" não  é mesmo? Se o leitor qusier denominar esta "estrutura organizacional" onde os bons espírito habitam, de CIDADE, fique à vontade.
                  Ainda na mesma questão 279 (L.E.) a palavra "interditada" nos dá a ideia de limites, não absolutos, é claro. Se estas estruturas organizacionais são interditadas aos inferiores,quer dizer, que apenas os bons vão e estão em toda parte e que a liberdade de locomoção está diretamente relacionada à evolução espitirual de cada um. (CONTINUA)

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