(Chico Xavier)
Falas comumente da felicidade, qual se te referisses a deidade remota, quando esse filão de alegria se te localiza ante os pés. Felicidade, porém, não é conquista fácil, prodígio de herança, episódio social ou bafejo da fortuna.
Somos convidados pela vida a criá-la em nós e por nós, como sucede com todas as nossas aquisições humanas. Platas o milharal, e o milharal te responde ao carinho com o tesouro da colheita.
Instala a usina junto de forças determinadas da natureza, e essas forças da natureza te retribuem com vigoroso reservatório de força.
No mesmo sentido, a felcidade atira as próprias sementes no caminho de todos, especialmente, entre aqueles que jazem atormentados por desenganos e lágrimas e, a breve tempo, ei-la que te oferta messes valiosas de esperança e ventura, tranquilidade e cooperação.
Aqui, o próximo em penúria te solicita singela fatia de reconforto; ali, se te pede ligeiro auxílio a favor de mães e crianças desamparadas; além, irmãos enfermos em desvalia esperam de ti alguns minutos de atenção e bondade, categorizados por ele à conta de apoio celeste; adiante, as vítimas das inquisições sociais te esmolam simpatia e compreensão num olhar de ternura; mais adiante, os caídos em viciação e deliquência te suplicam apenas uma palavra de encorajamento e de paz que lhes dulcifique o coração; e, por toda parte, amigos e adversários, muitas vezes, aguardam de ti uma frase só de entendimento e generosidade, fé e benção, que os auxilie a caminhar.
Descerra a própria alma à influência do Cristo que jamais se negou a criar o bem nos outros e para os outros e, um dia escutarás de espírito jubiloso, ao te despedires dos nossos irmãos da Terra.
- "Bendito sejas, coração amigo! O mundo ficou melhor e mais feliz porque viveste."
(Do livro Mãos Unidas)
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