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sábado, 28 de junho de 2014

O grande maestro da Pedagogia Espírita

Por André Parente
RIE Jun 2014

A contribuição do educador e 
filósofo José Herculano Pires
para a história da educação 

José Herculano Pires (1914-1979) foi alguém com tantas atividades e contribuições que fica dificil resumí-las em um artigo. Por isso, aqui traçaremos apenas parte de sua faceta pedagógica, a que direcionava as outras facetas que possuía.

Seguindo os passos de Kardec, que "abandonara a sua cátedra para asumir a reitoria da Universidade do Espírito" , Herculano, no local e momentos certos, deixou de lado, por exemplo, a luta em favor da Escola Laica - leia-se: materialista -, embora isso podesse ser diferente, para assumir a regência da Pedagogia Espírita.

Num contexto histórico complicado - época de ditadura militar - lançou a revista Educação Espírita que, sem dúvida alguma, foi um marco na História da Educação. Pelo conteúdo e proposta cativantes da Revista, que procurava discutir, orientar e sistematizar a Pedagogia Espírita, acreditamos que, sendo herdeiros desse legado cultural, devemos esforçar-nos na divulgação dessas ideias que foram, organizadas pioneiramente pela Edicel, por meio do idealismo de Frederico Gianini.

Lutando contra os tabus da História, que têm "uma função de autodefesa", devemos também lutar congra o reinozinho da matéria, imopotente para dar soluções para a crise da educação no nosso tempo e também para privar a Histporia de mais um silenciamento no que concerne à Pedagogia Espírita.

Vamos apresentar agora duas ideias-chave que fundamentam essa Pedagogia. Primeiramente Herculano, dialogando com os existencialismos - pois havia algumas ramificações -, colocou uma pedra no existencialismo ateu então em moda. Se somos seres espirituais com experiências físicas, isso nos estimula a melhor discernir e agir e, assim a ter mais condições para manifestar nossas possibilidades divinas. Sobre isso, disse-nos Herculano na década de 1970:

"Vivemos entre duas existências e não apenas numa, como supõe a ilusão materialista. Não somos apenas o existente da concepção existencialista, somos o interexistente da concepção espírita. O conceito de alienação atribuído às religiões pelos materialistas é devolvido a eles. Não é alienado o ser que interexiste, mas aquele que apenas existe, que pensa que pode viver unicamente a sua existência passageira na Terra."

Com isso, percebemos que estamos inseridos em dois planos: o espiritual e o físico, que se interpenetram num grande projeto educativo chamado vida, que nos leva à autoconstrução e, naturalmente, promove a melhoria de todos nós. (CONTINUA)

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