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terça-feira, 3 de junho de 2014

Paixões perturbadoras - 2

(continuação)

             No processo de evolução, o amor é o antídoto do mal que ainda vige em muitos corações. Sendo de procedência divina, o amor, e somente ele, poderá iluminar nossas mentes, livrando-nos das atitudes impensadas e conflitantes, apagando de nosso íntimo a sombra que ainda persiste escurecendo nosso anseios de crescimento e nos impede de buscar a ascensão espiritual.

             Esse processo encerra toda a saga da autoconquista de cada ser que deve transformar impulsos em sentimentos, atavismos em atividades lúcidas, heranças dominadores em aquisições plenas, instintos arraigados em emoções harmônicas, hábitos estratificados em realizações edificantes, tendências inferiores em aspirações elevadas sob os impulsos do amor. Tal é o grande compromisso que deve ser atendido por todas as criaturas que anelam pela tranquilidade e pelo bem estar legítimo". (4)
            
             As tendências inferiores, ainda arraigadas, em nosso eu profundo, herança atávica de nossa fase primitiva, quando desconhecíamos a lei divina e nos arrastávamos na ignorância sob o jugo do instinto, são remanescentes dos atos praticados que não foram, ainda, erradicados. Assim toda paixão que aproxima o homem de sua natureza animal, distancia-o de sua natureza espiritual, retardando sua evolução e o impedindo de ser feliz.

                "Não seja de estranhar, que ainda permaneçam no Espírito em crescimento para Deus, as fixações ancestrais decorrentes das experiências porque passou, retendo-o ou dificultando-lhe a ascese. Mediante esforço bem direcionado e constante, são vencidos os impedimentos, e os atributos de sublimação rompem o cárcere em que se demoram retidos, facultando o alcance da plenitude". (5)

                 Todo excesso , todo extremismo e parcialidade ao lidarmos com nossas emoções geram sentimentos inferiores, desequilibrados levando-nos às conquistas materiais, distanciando-nos dos objetivos reais de nossa existência. Este posicionamento retarda nosso progresso espiritual, denuncia a supremacia da matéria sobre o Espírito, com sérias implicações morais em nossa vida social e familiar.
(CONTINUA)


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