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domingo, 8 de junho de 2014

Reencarnação - 2

(continuação)

Um espírito, várias encarnações

Após a morte do corpo físico, a alma conserva a individualidade do ser e ela é facilitada pelo perispírito, uma espécie de "corpo espiritual", um envoltório fluídico do espírito desencarnado. Para facilitar esse entendimento, é comum recorrer a esse exemplo: existe uma tela de um pintor, cuja moldura foi colocada na época da pintura do quadro; alguns anos mais tarde a moldura é trocada. Sendo o corpo a moldura humana, é possivel dizer que a troca de moldura não modificou a tela, assim como a mudança de corpo não altera espírito. Os seres têm muitas molduras pela eternidade afora, na busca natural da perfeição.

O que há do outro lado?

Não existe uma resposta certa para esta pergunta, pois, no Plano Espiritual não existe somente um caminho a ser seguido. Isso porque a maneira como o homem escolhe viver na terra influi diretamente no "mundo" que encontrará quando desencarnado. Por exemplo, o Umbral é o lugar para onde vão os indivíduos que tiram suas vidas por meio do suicídio (seja com o cultivo de vícios ou por vias diretas) e também é o destino de espíritos em estado bastante primitivo, inferior, consequentemente muito apegados à matéria, ligados por laços firmes ao mundo material. Se eram fumantes inveterados ou bebedores habituais, vão sofrer muito com a falta de fumo e da bebida, vão sentir falta do prazer material a que estavam habituados.
Os espíritas suicidas ou inferiores desencarnam, porém chegam ao mundo espiritual sem saber que desencarnaram. Na realidade, nem sabem o que se está passando, não percebem a transição do mundo material para o mundo espiritual. Assim, permanecem muito próximo da superfície terrestre, na região chamada crosta. É uma região interdependente com a crosta física do planeta. Espíritos assim ficam ali apegados, presos, e sofrem muito,pois têm todas as sensações materiais, porém já não possuem mais o corpo fisico para satisfazer às necessidade produzidas por essas sensações. Às vezes chegam a encontrar com outros espíritos dos quais foram inimigos na vida terrena e travam com eles violentas lutas, como verdadeiros animais. Esses indivíduos foram vagando sem rumo, pois têm uma vida mesquinha e materializada, mesmo estando no Plano Espiritual.

Colônias Espirituais

Quansdo o esppíeor desencarando vai para o Umbral, mas possui certo equilíbrio, haverá um momento em que, já despojado de suas vinculações mais grosseiras com a matéria será recolhido a uma Colônia Espiritual. Nessa Colônia, o espírito terá acesso a assuntos que, até então, lhe eram inteiramente desconhecido. Através de cursos ministrados por espíritos mais evoluídos, aprenderá novas verdades, enriquecerá seus conhecimentos e ampliará seus horizontes. Tanto os sofrimentos do Umbral como o aprendizado em uma dessas colônias estão relatados no livro Nosso Lar, de autoria do Espírito André Luiz, psicografado por Francisco Cândido Xavier. André Luiz era um indivíduo bom quando ncarnado, um homem correto, bom pai, esposo, bom profissional, mas adorava os prazeres da mesa. A gula era um dos seus vícios. Depois de desencarnado passou oito anos no Umbral. Nesse período foi obrigado, pelo sofrimento, a desvincular-se da mesa farta. Depois desse estágio depurador, foi recolhido à Colònia Espiritual Nosso Lar, onde começou um processo de reeducação e aprendizado. Vale salientar que, quando desencarnam, os espíritos elevados e mais esclarecidos são conduzidos diretamente às Colonias, sem que haja a passagem pelo Umbral.

(CONTINUA)

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