(Chico Xavier)
Enquanto encarnados no Planeta Terra, um tipo de sobrevivência nos interessa, sobremaneira, além daquele para o qual se nos dirigem os pensamentos para lá da morte física: - a sobrevivência, depois de rudes golples sofridos. Paricularmente, no mundo moral, semelhantes provas repontam com frequência.
É o prejuizo inesperado, a confiança escarnecida, a perseguição com que se não contava, a incompeensão de pessoas queridas. Noutros lances da existência, é a ruptura de laços afetivos, a transformação violenta que os desastres impõem, o obstáculo imprevisto, os pensamentos da solidão.
Em todos esses episódios amargos, lemrbando trechos incendiados de caminho, a criatura é habitualmente induzida a processos de angústias dos quais se retira, quase sempre em perigoso desgaste. Urge reconhecer que a serenidade nos deve partilhar a viagem terrena, a fim de que a aflição não se nos faça exaustor de energias.
Abstenhamo-nos da tensão emocional, como quem se previne contra a incursão de moléstia grave; os agentes imunológicos, nesse sentido são sempre o amor que desterra o ódio, a paciência que exclui a irritação, a humildade que afasta a inveja e a prestação de serviço que anula a desconfiança.
Aprendamos a observar que o desequilíbrio é precursor provável de doença que, não raro, termina com a desencarnação prematura, e procuremos nos certificar de que, nas lutas com que somos testados, na Terra e fora da Terra, na escola da experiência é necessário que saibamos não somente viver e aperfeiçoar, mas também suportar e sobreviver.
(Do livro Mãos Unidas)
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