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segunda-feira, 21 de julho de 2014

A caminho do Cristo


Por Emmanuel
(Chico Xavier)

           Carregar nossa cruz, a caminho do Cristo, será abraçar as responsabilidades que nos cabem no setor de trabalho que ele próprio nos confiou.
           E, na adesão ao compromisso esposado, urge não esquecer que as nossas dificuldades podem ser modificadas, mas não extintas. Sem obstáculos, cairíamos na inércia. E é forçoso avançar sem esmorecer para evoluir.
           Em quaisquer circunstâncias, cumpre-nos trabalhar, aceitando-nos com as imperfeições que ainda trazemos, realizando o melhor ao nosso alcance, a perceber quem sem o conhecimento de nossas fraquezas, tombaríamos no orgulho.
           Ouvir remoques e reprovações , aguentando os aguilhões candentes da acusação e da crítica, aprendendo que, sem isso, não conseguiríamos efetuar os nossos singelos exercícios de paciência e de humildade.
           Reconhecer, em todos os impeços da estrada, que a transitória incompreensão alheia é parte importante do programa. De quando a quando, ela nos sacode as construções espirituais verificando-lhes a firmeza. E, às vezes, em semelhante prova, desnuda-nos a solidão. Entretanto, é preciso seja assim. 
           De tempos a tempos, é imperioso atravessar a solidão, a fim de que sejamos impulsionados ao esforço máximo, porque, sem esforço máximo, não obteríamos a desejada renovação.
           Contradições teremos sempre, de vez que as contradições nos obrigam ao estudo e, sem estudo, o raciocínio se nos jaz ao nível da rigidez espiritual.
           Chamados a amar e auxiliar aos que se nos opõem, é necessário amá-los e auxiliá-los com a tolerância e a bondade com que o Divino Mestre nos amou e auxiliou, incessantemenrte, enquanto nos opunhamos a ele.
           Para nós, que aceitamos a jornada para a integração com Jesus, não há possibilidade de recuo, porque a desistência da luta pela vitória do bem significa perturbação, e não equilíbrio, rebeldia, e não fé.
           Em suma, carregar nossa cruz será, desse modo, romper com os milênios da animalidade em que se nos sedimenta a estrutura da alma, principiando por acender as possíveis résteas de luz na selva de nossos próprios instintos, recebendo, pela fidelidade ao serviço, a honra de trabalhar, em Seu Nome, não através de méritos que ainda não possuímos, mas em razão da misericórdia que Ele nos concedeu.
(Do livro Mãos Unidas)

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