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sexta-feira, 11 de julho de 2014

Definindo Rumos

Por Emmanuel
(Chico Xavier)
Do livro Roteiro

             Em verdade, meu amigo, terás encontrado no Espiritismo a tua renovação mental.
             O fenômeno terá modificado as tuas convicções. As conclusões filosóficas alteraram, decerto, a tua visão do mundo. Admites agora a imortaldiade do ser. Sentes a excelsitude do teu próprio destino.
             Mas se essa transformação da inteligência não te reergue o coração com o aperfeiçoamento íntimo, se os princípios que abraças não te fazem melhor, à frente dos nossos irmãos da Humandiade, para que te serve o conhecimento? Se uma força superior te não educa as emoções, se a cultura te não dirige para a elevação do cárater e do sentimento, que fazes do tesouro intelectual que a vida te confia?
            Não vale o intercâmbio, somente pelo capricho atendido. A expressão gritante do inabitual pode estar vazia de substância.
            A ventania impetuosa que varre o solo, com imenso alarido, costuma gerar o deserto, enquanto que o rio silencioso e simples garante a floresta, e a cidade, os lares e os rebanhos. 
            Se procuras contacto com o plano espiritual, recorda que a morte do corpo não nos santifica. Além do túmulo há também sábios e ignorantes, justos e injustos, corações nos céus e consciências no inferno purgatorial...
           As excursões no desconhecido reclamam condutores. O Cristo é o nosso guia divino para a conquista santificante do Mais Além... Não te afastes dEle.
           Registrarás sublimes narrações do infinito na palavra dos grandes orientadores, ouvirás muitas vozes amigas que te lisonjearão a personalidade, escutarás novidades que te arrebatam ao êxtase, entretanto, somente com Jesus no Evangelho bem vivido é que reestruturaremos a nossa individualidade eterna para a sublime ascensão à Consciência do Universo.

***

           Estas páginas despretensiosas constituem um apelo à congregação de nossas forças em torno do Cristo, nosso Mestre e Senhor.
           Sem a Boa Nova, a nossa Doutrina Consoladora será provavelmente um formoso parque de estudos e indagações, discussões e experimentos, reuniões e assembléias, louvores e assombros, mas a felicidade não é produto de deduções e demonstrações.
           Busquemos, pois, com o Celeste Benfeitor a lição da mente purificada, do coração aberto à verdadeira fraternidade, das mãos ativas na prática do bem e o Evangelho nos ensinará a encontrar no Espiritismo o caminho de amor e luz para a alegria perfeita.
Pedro Leopoldo, 10 de junho de 1952.
     

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