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sábado, 12 de julho de 2014

Obsessão - 4

(continuação)

Registra também a Sociedade Teosófica que as formas-pensamento são elementos artificiais, dirigidas por uma pessoa a outra, com as seguintes propriedades:

"Os pensamentos de ódio, de vingança, de despeito, formam legiões de elementos artificiais que exercem ação deprimente sobre os homens" (In O Ensino dos Mahatmas (Teosofia) de Alberto Lyra, página 143, 1977, Ed. Ibrasa).

Helena P. Blavatsky (1831-1891) fundadora da Sociedade Teosófica, em The Theosophist, Vol. I número 8, maio, 1880, páginas 207-208, tratando de um caso de obsessão, assim se expressa:
"Hindus e budistas acreditam igualmente que pensamento e ação são coisas materiais, que subsistem, que os maus e bons desejos de um homem o envolvem num mundo de sua própia criação, que estes desejos e pensamentos assumem formas que se tornam reais para ele após a morte, e que Moksha (liberação), em um caso, a Nirvana (pelo Budismo: ausência de dor e posse da verdade), em outro, não podem ser atingidos até que a alma desencarnada tenha atravessado totalmente esse mundo-sombra dos pensamentos obsessivos, e se despojado de sua última mácula terrestre".

A Física, da qual nossos conhecimentos, por escassos e oficiosos, aqui comparecem de contrabando, tem como certeza científica que as vibrações, se uníssonas, podem ser altamente destrutivas, haja vista o exemplo de um batalhão que, passando por uma ponte em "passo ordinário", pode provocar seu desabamento.

Daí emerge, agora no terreno das milenares observações populares, que "a união faz a força", iso é, "unidos jamais seremos vencidos". No caso, pedreiros podem construir uma bela ponte, o que demora meses; contudo, em menos de um minuto um batalhão pode destruí-la, apenas marchando. Forças conjugadas, feliz ou infelizmente, para o bem ou para o mal.

Tudo isso sem nos referirmos à destruição causada por poderosissima vibração da turbina de um avião a jato, que sai de um mergulho ao aproximar-se em alta velocidade de construções.

Estudiosos espiritualistas diversos afirmam que formas-pensamento são construções mentais que, partindo de uma origem (a mente de alguém), no mesmo instante projetam-se conduzidas por correntes eletromagnéticas mentais em direção ao endereço sobre o qual há a emissão da ideia fixa. Chegando ao ponto mentalizado - que por ser uma região, um objeto ou mesmo a mente de outra pessoa -, muitos podem ser os destinos dessas formas-pensamento. Um deles, e quase sempre é o que mais acontece, esses verdadeiros "torpedos mentais" atingem em cheio o alvo, eis que encontram receptividade, pelo desguarnecimento moral por parte da pessoa responsável pelo objetivo buscado.   

Qualquer que seja a nomenclatura para um pensamento fixo, ou uma obsessão, compreendendo-se isso como fixação mental, a única barreira capaz de sustar-lhe a ação é aquela do Novo Testamento, na conduta sugerida por Jesus, quando aconselhou que estivéssemos em constante oração e vigilância (Mateus, 26:41).

Jesus recomendou ainda (Mateus 5:27):
"Tendes ouvido o que foi dito: Não cometerás adultério. Mas eu vos digo: Todo aquele que olhar para uma mulher com mau desejo já cometeu no seu coração adultério com ela."

O Cristo, que sabia de todas as coisas do mundo, aconselhava enfaticamente a prudência e que o homem orasse. E que vigiase o seu pensamento. Não objeta à razão deduzir que o Mestre assim procedia para o bem de todo aquele que considera que, em não fazendo algo errado ou proibido, se "só pensar" sobre esse algo, não é pecado.

Obviamente, entre "pensar e fazer" e só "pensar", há gradação diferenciada diante dos Estatutos Divinos: atenuantes, no segundo caso, mas não extinção. E, francamente, que de nós consegue manter sempre tal conduta?  (CONTINUA)

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