B L O G DOS E S P Í R I T O S

sábado, 5 de julho de 2014

Obsessão

Espiritismo O Grande Consoaldor


A cura da obsessão depende
de uma modificação da postura
mental do obsedado, eliminando os 
pensamentos negativos

Vem de longe, na humanidade, o sentimento de inveja. E a inveja do bem alheio tem uma prima-irmã: a cobiça. Uma vez que elas surgem e a alma concede-lhe passaporte, adentram na mente e ali se fixam.

A diferença entre elas é que a inveja é o desejo ardente de possuir o bem de outrem (material, social, profissional, abstrato, etc.), ao passo que a cobiça é a ambição desmedida por riquezas.

Ambos os sentimentos andam juntos, porém escondem-se, disfarçando-se, mas, via de regra, em pouco tempo acabam por emergir.

No primeiro caso - inveja -, na impossibildiade de ter o bem invejado, em alguns invejosos surge motivação para a conquista de algo semelhante ou, como dissemos, até de maior valor. Não é raro a inveja direcionar para o crime: o surrupio, o furto ou até o roubo. Com ou sem violência.

No segundo - cobiça - quano a posse ou a conquista não se mostra viável por algum artifício, seja por incompetência ou por real impossibilidade, aí então o cobiçoso torna-se altamente infeliz, amargurado, revoltado contra o destino, culpando os céus.

Juntas - inveja e cobiça - há milhares de anos vêm transtornando mentes, desencandeando traições, tragédias, dissoluções familiares, crises sociais e até guerra entre países, instaladas na mente dos invejosos/cobiçosos, qualquer valor - pequeno, médio ou grande -, exclui dessas mentes a lição do nono mandamento da chamada Lei Mosaica, aquela que recomenda não cobiçar "coisa alguma que pertença a teu próximo" (Êxodo , 20:17). 

A partir daí, iremos encontrar tais esquecidos desavisados também da Boa Nova, desprezando mesmo a recomendação do apóstolo Pedro sobre os requisitos para reformar suas vidas, com esperança na graça trazida por ocasião da revelação de Jesus Cristo"... portanto, rejeitai toda a inveja" (1 Pedro, 2:1).

Que cristãos não sejam os invejosos ou os cobiçosos, desconhecendo, pois, Jesus ou Pedro. Mas nem por isso a consciência deles, como de resto a de todos os seres humanos, deixa de avisar do quanto é equivocada a tendência de invejar e cobiçar, bem como da urgência em extirpá-la do viver.

Talvez alguém pergunte: - Como "ouvir" a consciência? E a resposta é bem simples: - Você gostaria de receber o que está ofertando?

Excluir tais sentimentos do comportamento tem um nome universal, seja em que língua for: respeito. Mas se quisermos particularizar o nome de tal procedimento, aureolando-o sob premissas cristãs, diríamos amor ao próximo.

No entanto, sem conceder o menor espaço à hipocrisia, quem de nós pode afirmar perante a consciência jamais ter sentido inveja de alguém? Ou jamais ter cobiçado algo que não nos pertencia?

Repetindo: a inveja tem como alvo o desejo de também possuir o bem, material ou imaterial, de alguém que já o tem; a cobiça, de intensidade por vezes maior que a inveja, não pensa em conseguir um bem material igual, mas sim ambiciona muito do mesmo: "um bem, bem maior". 

Assim como os demais desvios de comportamento, tanto a inveja quanto a cobiça aprisionam a alma de quem as cultiva, mesmo não as praticando, mas aninhando-as com sofreguidão na alma. E basta abrigá-las ali para que se fixem e se transfiram para a mente, onde opassam a ser (más) conselheiras em tempo integral, muito embora dividam esse tempo em períodos ora conscientes, ora inconscientes.
(CONTINUA)

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