(Chico Xavier)
Senhor Jesus!
Concedeste-nos os entes queridos por tesouros que nos empresta.
Ensina-nos a considerá-los e aceitá-los em sua verdadeira condição de filhos de Deus, tanto quanto nós, com necessidades e esperanças semelhantes às nossas.
Faze-nos, porém, observar que aspiram a gêneros de felicidade diferente da nossa e ajuda-nos a não lhes violentar o sentimento em nome do amor no propósito inconsciente de escravizá-los aos nossos pontos de vista. Quando tristes, tranforma-nos em bênçãos capazes de apoiá-los na restauração da própria segurança e, quando alegres ou triunfantes nos ideais que abraçam, não nos deixes na sombra do egoísmo ou da inveja, mas sim, ilumina-nos o entendimento para que lhes saibamos acrescentar a paz e a esperança.
Conserva-nos no respeito que lhes devemos, sem exigir-lhes testemunhos de afeto ou de apreço, em desacordo com os recursos de que disponham.
Auxilia-nos a ser gratos pelo bem que nos fazem, sem reclamar-lhes benefícios ou vantagens, homenagens ou gratificações que não nos possa proporcionar.
Esclarece-nos para que lhe vejamos unicamente as qualidades, ajudando-nos a nos determos nisso, entendendo que os prováveis defeitos de que se mostram ainda portadores desaparecerão no amparo de tua benção.
E, se algum dia, viermos a surpreender alguns deles em experiências menos felizes, dá-nos a força de comprender que não será reprovando ou condenando que lhes conquistaremos as orações, e sim, entregando-os a Ti, através da oração, poque apenas Tu, Senhor, podes sondar o íntimo de nossas almas e guiar-nos o passo para o reequilíbrio nas Leis de Deus.
(Do livro Mãos Unidas)
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