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quarta-feira, 9 de julho de 2014

Paciência e vida

Por Emmanuel
(Chico Xavier)


                    Estudo necessário da paciência: observar cada um de nós face à própria conduta nas relações humanas e no reduto doméstico.
                  Sabemos compreender habitualmente os assaltos morais de inimigos gratuítos, obrigando-nos a refletir quanto à melhor forma de auxiliá-los, para que se renovem construtivamente em seus pontos de vista e, em muitos casos, esbravejamos contra o desagrado de uma criança que a doença incomoda.
                Aprendemos a suportar com serenidade e entendimento, prejuízos enormes da parte de amigos, nos quais depositamos confiança e carinho, buscando encontrar o modo mais seguro de ajudá-los para o resgate preciso e, muitas vezes, condenamos asperamente pequenas despesas naturais de entes queridos, credores insofismáveis de nosso reconhecimento e ternura.
                    A tolerância para com superiores e subalternos, colegas e associados, familiares e amigos íntimos é realmente o recurso da vida em que se nos erige o metro do burilamento moral. Isso porque, conquanto a beneficiência se mostre sempre sublime e respeitável em todas as suas manifestações e atributos, é sempre muito mais fácil colaborar em campanhas públicas em auxílio da Humanidade ou prestigiar pessoas com as quais não estejamos ligados por vínculos de compromisso e obrigação, que tolerar, com calma e compreensão, os contra-tempos mínimo e as diminutas humilhações no ambiente individual.
                   Paciência, por isso mesmo, em sua luminosa autenticidade, há de ser atendida, sentida, sofrida, exercitada e consolidada junto daqueles que nos povoam a área do dia a dia, se quisermos esculpi-la por realização imorredoura no mundo da própria alma.
                  Preguemos e ensinemos, quanto nos seja possível, os méritos da paciência, no entanto, examinemos as próprias reações da experiência íntima à frente de quantos nos compartilham a luta cotidiana, na condição de sócios da parentela e do trabalho, do ideal e das tarefas de cada dia, e perguntemos com sinceridade a nós próprios se estamos incessantemente tolerados e amparados pela paciência de Deus. 
(Do livro Mãos Unidas)

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