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segunda-feira, 25 de agosto de 2014

Diabetes

Por Andrei Moreira
Revista Cristã de Espiritismo
Ano XII - ed. 108

DIABETES
Uma visao médico-espírita

Um grande convite ao aprendizado do limite e do autoamor,
em vez de ser um castigo divino ou  uma punição por erros.
Entenda por quê

A diabetes é uma doença caracterizada pela elevada taxa de glicose (açúcar) no sangue, devido à deficiência na produção da insulina ou na dificuldade de ação desse hormônio no organismo. Atualmente, há cerca de 240 milhões de portadores de diabetes em todo o mundo, e estima-se que em 2025 esse número chegará a 350 milhões.

A diabetes melitus pode ser dividida em tipo I e tipo II e tem raízes, do ponto de vista médico, na interação de fatores genéticos com estímulos ambientais.A Tipo I acomete indivíduos na infância e adolescência e caractreriza-se por ser uma doença autoinume, ou seja, o organismo produz anticorpus contra as células beta do pâncreas, produtoras de insulina, levando a deficiência desse hormônio. Há necessidade de se administrar a insulina por via subcutânea para repor a falta desse importante hormònio controlador do metabolismo de carboidratos, proteíanas e lipídeos. Já o Tipo II é a diabetes que é decorrente predominantemente de fatores ambientais e comportamentais, sendo a obesidade, sobetudo a abdominal, o principal fator de risco para seu desenvolvimento.

Há a produção normal ou pouco diminuída de insulina, mas ela não consegue exercer o seu papel nas células devido à resistência nos tecidos, que impedem sua absorção e ação intracelular. Há a necessidade de se administrar fármacos hipoglicemiantes, que reduzem a taxa de açúcar no sangue, pois a glicemia elevada produz um estado de inflamção crônica, que pode lesar tecidos e órgãos, gerando complicações sendo as mais frequentes a neuropatia e retinopatia e as lesões renais. Para se evitar desenvolver diabetes e também tratá-la, o mais recomendado é a adoção de atividades físicas aeróbicas e dieta rica em saladas verdes, derivados do leite, além da redução da ingestão de açúcares e uso de medicações específicas.

Uma nova abordagem

Do ponto de vista espiritual, entebndemos que as predisposições genéticas que trazemos na reencarnação falam de nosso passado espiritual e de nossas tendências, mas, sobretudo, de nossas necessidades reeducativas. A diabetes é, de forma geral, um grande convite ao aprendizado do limite e do autoamor. Em vez de ser um castigo divino ou uma punição por erros, como alguns acreditam, essa doença se apresenta como expressão das nossas escolhas e construções individuais ao longo dos tempos.

Crescimento interior

É, portanto, recurso de autodomínio e autoconehcimentio que promove o seu portador quando este aproveita a oportunidade para vencer a si mesmo, a um estado de maior equilíbrio e hamonia do que tinha antes, ao reencarnar, lembrando que somos todos espíritos imortais e não mero seres carnais vivenciando uma experiência passageira. 

Segundo a proposta do Dr. César Geremias, endocrinologista gaúcho, a diabetes tipo I, por suas características, teria raízes na autoagressão, culpa, vitimização e autopunição, manifestações da falta de autoperdãon e, sobretudo, do orgulho, sentimento base que seria o núcleo principal a ser trabalhado nesse caso.

Já a diabetes tipo II teria as suas raízes na falta de autocuidado, no hedonismo excessivo, na exaustão das energias psicofísicas e excesso de autopreservação, manifestações diferenciadas do egoísmo. Perceber essas características em si, reconhecê-las, acolhê-las e esforçar-se por transformá-las, no processo reeducativo que a doença convida, seria o obejtivo maior da doença, lembrando-se sempre que é necessário individualizar cada caso e somente o autoconhecimento poderá fornecer a indicação segura das necessidades de cada um.

Mas, independente de sua origem, a diabtes é um grande convite ao autoamor, à autiopreservação e á superação de si mesmo, caminos de paz interior e saúde integral.

(Dr. Andrei Moreira é médico generalista e autor do livro A Homossexualidade Sob a Ótica do Espírito Imortal, entre outros. É presidente da Associação Médico-Espírita de Minas Gerais)

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