Espiritismo&Ciência Especial
nº 72/2014
O astrônomo francês Camille Flammarion ganha destaque
entre os grandes nomes do Espiritismo, especialmente
por seu trabalho em torno do postulado espírita
sobre a pluralidade dos mundos
Camille Flammarion |
O astrônomo nasceu em Montigny-Le-Roi, França, em 26 de janeiro de 1842, como o mais velho de quatro filhos. Diz-se que, desde criança, já se notavam os traços de genialidade que marcariam sua vida adulta. Estava sempre reclamando da falta de tempo para fazer tudo o que desejava e, aos cinco anos, já sabia ler, escrever e conhecia o básico de gramática e aritmética.
Como era comum na época, a família pensou que ele poderia seguir a carreira eclesiástica, de modo que começou a aprender latim. Foi nessa época que entrou em contato com o Novo Testamento, aprendeu oratória e começou a ter aulas sobre astronomia, descobrindo sua maior vocação e a carreira que tornaria seu nome conhecido em todo o mundo.
Em 1858, com apenas 16 anos, ele escreveu um manuscrito com 500 páginas, Cosmologie Universelle (Cosmologia Universal), e passou a trabalhar no Observatório de Paris como assistente de Le Verrier, o cientista responsável pelos cálculos que levaram a descoberta de Netuno. Foi lá que participou de um programa de observação de estrelas duplas, que resultou na catalogação de 10 mil estrelas, em 1878.
Também fez observações da Lua e de Marte, publicando várfios livros populares, como L`Astronomie Populaire (Astronomia Popular, 1879). Em 1877, Flammarion fundou a Sociedade Astronômica da França.
Flammarion saiu do Observatório de Paris em 1862 e, no mesmo ano, publicou um de seus trabalhos
mais conhecidos entre os espíritas: Pluralidade dos Mundos Habitados. Quando escrevia o livro, conheceu O Livro dos Espíritos e se identificou imensamente com a obra e os principios espíritas. Associou-se á Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas - fundada e dirigida por Allan Kardec - e se tornou amigo pessoal de Kardec.
Parte das sessões da Sociedade era dedicada à psicografia, de forma que Flammarion iniciou um treinamento para desenvolver a faculdade. O resultado de seu esforço foi o livro Uranografia Geral, que traz a assinatura espieritual de Galileu e que faz parte de A Gênese, de Allan Kardec. Ao defebnder a ideia de que muito outros planetas seriam habitados, Flammarion dizia que "a Terra não tem nenhuma proeminência no sistema solar de maneira a ser o único mundo habitado". (CONTINUA)
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