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sábado, 23 de agosto de 2014

O empenho de um pesquisador

Por Alexandre Rocha
Correio Fraterno
Osmar Ramos espírita e estudioso de Balzac

ed. 443 - 11/02/12

Osmar Ramos Filho foi um dos mais lúcidos pensadores espíritas da atualidade. Porém, seu envolvimento com o espiritismo sempre ocorreu de maneira transversa. Ainda jovem, estudante de filosofia na Universidade do Brasil, por seus conhecimentos de alemão, foi selecionado para trabalhar como intérprete do célebre parapsicólogo Andrija Puharich. Viajou com ele para Congonhas, MG, para uma série de encontros com José Arigo, onde presenciou, dentre tantas curas, a do próprio pesquisador. Ao final do trabalho, havia se tornado grande amigo de Puharich e dele recebeu de presente uma máquina infravermelha (ampariscópio) que, nos idos de 1950, já permitia ao olho humano ver no escuro, o que era muito para os pesquisadores de fenômenos de materialização. Esse aparelho posteriormente foi emprestado a Luciano dos Anjos, que testemunha ter presenciado alguns fenômenos autênticos de materialização e muitas fraudes desmascaradas.

Foi durante seus estudos para o doutoramento em psicologia clínica, em Louvain, Bélgica, que Osmar tevo contato mais profundo com os textos de Balzac por meio de uma amiga portuguesa que fazia sua tese sobre um romance do escritor francês.

Ali, Osmar começava a se preparar para o trabalho de sua vida, O avesso de um Balzac contemporâneo, com o qual seria reconhecido por Paulo Rónai, como a pessoa mais versada em Balzac, que ele havia conhecido. Como Rónai, além de grande balzaquista, conheceu profundamente os mais importantes estudiosos de Balzac de sua época, essa declaração equivale a chamar Osmar de o maior conhecedor de Balzac do seu tempo. Não é pouco.

Se se levar em conta que tudo o que ele aprendeu sobre Balzac foi a partir de um texto atribuído ao espírito do escritor (o romance Cristo espera por ti) sua façanha toma ares sobrenaturais.

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