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terça-feira, 25 de dezembro de 2012

A missão de Kardec

Allan Kardec
codificador da Doutrina  Espíríta
Apos 50 anos de preparação acadêmica e moral, Hippolyte Leon Denizard Rivail seria convocado pela espiritualidade para codificar a Doutrina Espírita. Em 1854. ouviu falar, pela primeira, vez, em mesas girantes. Rivail, que estudara durante muitos anos o magnetismo mesmeriano, acreditou tratar-se de um fenômeno magnético. "É com efeito muito singular - diz Rivail - mas, a rigor, isso não me parece radicalmente impossível. O fluido magnético, que é uma propriedade da eletricidade, pode perfeitamente atuar sobre os corpos inertes e fazer com que eles se movam.
    Logo mais tarde, o magnetizador Fortier volta a falar com Rivail e lhe diz que as mesas não só se movem, mas pensam, respondem perguntas. O cético Rivail diz a Fortier: "Só acreditarei quando vir e quando me provarem que uma mesa tem cérebro para pensar, nervos para sentir e que pode se tornar uma sonâmbula!
   No início do ano de 1855 o Sr. Carlotti diz a Rivail que, no fenômeno das mesas, há influência das almas dos mortos. Em primeiro de maio de 1855 Rivail presencia uma manifestação espiritual. Uma alma evocada pelo magnetizador Carlotti se comunica através da médium Sra. Roger. A despeito do seu ceticismo, rendeu-se à evidência da comunicabilidade dos espíritos, convencido pela característica inteligente das comunicações. Diz Rivail que "a honradez da médium e a dignidade do magnetizador produziram em mim súbita conversão à Escola Espiritualista. Eu tinha dado um avanço para a Verdade".
    A oito de maio Rivail presencia o fenômeno das mesas girantes. "O mais notável acontecimento da minha vida", declara ele. Rivail passou a frequentar as reuniões , no entanto não se sentia à vontade, pois enquanto muitos se entretinham em questionar os Espíritos sobre as insignificâncias do mundo material, Kardec se remoía no desejo de transformar aquela mesa numa cátedra. Ele via, ali, uma revelação transcendental, muito além de mera manifestação mecânica.
   Uma noite, manifestou-se Zéfiro, declarando-se seu Espírito Protetor. Contou-lhe que o conheceram uma existência anterior, no tempo dos Druidas, na Gália, quando Ravail se chamara Allan Kardec. Zéfiro revelou a Rivail sua missão de Codificador da Doutrina Espírita, para a qual seria convocada pelo Espirito de Verdade.   
Certa feita perguntou a Zéfiro se era possível evocar o Espírito Sócrates. Para espanto dos presentes a resposta foi positiva. "Você já o consulta amiúde mentalmente", diz Zéfiro. Em seguida, recebe através da "Tupia", a mensagem de Sócrates. A verdadeira Filosofia dos Espíritos adiantados só poderá ser revelada ao que for digno de receber A VERDADE.
    Semanas mais tarde Kardec pergunta o que deve fazer para receber a missão, e obtém como resposta: " O bem e dispor-se a suportar corajosamente qualquer provação para defender a VERDADE...ainda que precise ... beber cicuta. Kardec insiste em saber se está apto ao cometimento.
    Resposta: "A nossa assistência não te faltará, mas será inútil se não fizeres o que for necessário. Suscitarás contra ti ódios terríveis, inimigos encarniçados se conjurarão para tua perda; ver-te-ás a braços com a malevolência, com a calúnia, com a traição mesma dos que te parecerão os mais dedicados; terás de sustentar uma luta quase contínua, com sacrifício do teu repouso, da tua saúde, da tua vida".
    Kardec responde simplesmente: "Aceito tudo, sem restrição e sem ideia preconcebida. Está em tuas mãos a minha vida. Dispõe do teu servo". (Valmor Lange Junior - Centro Espírita Nosso Lar - Casas Andre Luiz

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