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terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

As virtudes do amor

Por Fernando Antonio


                 Ontem, na palestra de Walkiria Cavalcante, no Centro Kardecista Os Essênios, aprendi uma lição, principalmente para quem está dando os primeiros passos na Doutrina Espírita, como é o meu caso. Partindo do princípio de que "fora da caridade não há salvação", que é a máxima kardequiana, vi quando Walkiria explanou com segurança, que antes da caridade era preciso se levar em consideração a esperança, e de forma inteligente e objetiva, saiu pontuando passo a passo: "Esperança, se não a temos não podemos falar em caridade". Vim para casa pensando o quanto o Espiritismo é importante para quem gosta de pensar, uma vez que ele é a fé raciocinada.
                 Pensando assim, comecei na manhã de hoje a estudar e pesquisar com mais calma o tema do Cap. XII de O Evangelho Segundo o Espiritismo, que é exatamente Amai os Vossos Inimigos. Walkiria centrou o começo de sua excelente palestra na esperança e caridade. Eu coloco mais um tempero no molho desse estudo: a fé! Essa trindade, esses elos de uma mesma corrente, nos abre um enorme leque para conhecermos melhor os caminhos que nos levam a amar os nossos inimigos.  
                 "O espírita compreende  que - diz um texto da Redação de O Clarim -, com a publicação de O Evangelho Segundo o Espiritismo por Kardec, Jesus nos conclama novamente ao exercício da caridade e ao fortalecimento da fé, para que, dessa forma, a esperança se apoie em sentimentos elevados, sendo, por isso mesmo, perseverante, não desanimando frente aos obstáculos, provas, desafios. Esperança é alavanca para aquele que claudicou, no passado próximo ou remoto, por entender que Deus nos dá sempre novas oportunidades de avançar na senda do bem".
                 Acredito que tudo o que foi dito acima, resumindo naqueles três elos da corrente, perderiam todo o seu conteúdo se não falássemos do cofre onde está guardada essa corrente, o cofre chamado amor!
                  Lembrando aqui duas passagens de Paulo de Tarso, em o I Coríntios (13:2-3): 
                2 - "E ainda que tivesse o dom de profecia, e conhecesse todos os mistérios e toda a ciência, e ainda que tivesse toda fé, de maneira tal que transportasse os montes, e não tivesse amor, nada seria".
             3 -   "E ainda que eu distribuísse todos os meus bens para sustento dos pobres, e ainda que entregasse o meu corpo para ser queimado, e não tivesse amor, nada disso me aproveitaria".  
                   Por fim, se o amor do próximo constitui o princípio da caridade - como consta no item 3 de subtítulo Retribuir o mal com o bem, do Cap XII, de O Evangelho Segundo o Espiritismo -, "amar os inimigos é a mais sublime aplicação desse princípio, porque a posse dessa virtude é uma das maiores vitórias alcançadas contra o egoismo e o orgulho". Cuidemos de que há equívocos "quanto ao sentido da palavra amar, nesta circunstância", mas isso é tema para um outro artigo, já que o nosso tempo acabou.                    
                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                              

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