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Ontem, na palestra de Walkiria Cavalcante, no Centro Kardecista Os Essênios, aprendi uma lição, principalmente para quem está dando os primeiros passos na Doutrina Espírita, como é o meu caso. Partindo do princípio de que "fora da caridade não há salvação", que é a máxima kardequiana, vi quando Walkiria explanou com segurança, que antes da caridade era preciso se levar em consideração a esperança, e de forma inteligente e objetiva, saiu pontuando passo a passo: "Esperança, se não a temos não podemos falar em caridade". Vim para casa pensando o quanto o Espiritismo é importante para quem gosta de pensar, uma vez que ele é a fé raciocinada.
Pensando assim, comecei na manhã de hoje a estudar e pesquisar com mais calma o tema do Cap. XII de O Evangelho Segundo o Espiritismo, que é exatamente Amai os Vossos Inimigos. Walkiria centrou o começo de sua excelente palestra na esperança e caridade. Eu coloco mais um tempero no molho desse estudo: a fé! Essa trindade, esses elos de uma mesma corrente, nos abre um enorme leque para conhecermos melhor os caminhos que nos levam a amar os nossos inimigos.
"O espírita compreende que - diz um texto da Redação de O Clarim -, com a publicação de O Evangelho Segundo o Espiritismo por Kardec, Jesus nos conclama novamente ao exercício da caridade e ao fortalecimento da fé, para que, dessa forma, a esperança se apoie em sentimentos elevados, sendo, por isso mesmo, perseverante, não desanimando frente aos obstáculos, provas, desafios. Esperança é alavanca para aquele que claudicou, no passado próximo ou remoto, por entender que Deus nos dá sempre novas oportunidades de avançar na senda do bem".
Acredito que tudo o que foi dito acima, resumindo naqueles três elos da corrente, perderiam todo o seu conteúdo se não falássemos do cofre onde está guardada essa corrente, o cofre chamado amor!
Lembrando aqui duas passagens de Paulo de Tarso, em o I Coríntios (13:2-3):
2 - "E ainda que tivesse o dom de profecia, e conhecesse todos os mistérios e toda a ciência, e ainda que tivesse toda fé, de maneira tal que transportasse os montes, e não tivesse amor, nada seria".
3 - "E ainda que eu distribuísse todos os meus bens para sustento dos pobres, e ainda que entregasse o meu corpo para ser queimado, e não tivesse amor, nada disso me aproveitaria".
Por fim, se o amor do próximo constitui o princípio da caridade - como consta no item 3 de subtítulo Retribuir o mal com o bem, do Cap XII, de O Evangelho Segundo o Espiritismo -, "amar os inimigos é a mais sublime aplicação desse princípio, porque a posse dessa virtude é uma das maiores vitórias alcançadas contra o egoismo e o orgulho". Cuidemos de que há equívocos "quanto ao sentido da palavra amar, nesta circunstância", mas isso é tema para um outro artigo, já que o nosso tempo acabou.
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