Obsessão consentida - 3

(continuação)

             Cobranças espirituais

              As pessoas que sofrem as obsessões mais fortes motivadas por vingança, normalmente são aquelas muito endividadas carmicamente, por terem feito muito mal a muitas pessoas no passado, em uma ou mais vidas anteriores. E normalmente isso acontece quando a pessoa ainda não mudou, não se transformou! Não pediu perdão àqueles que feriu muito.
              Quando se tem, por exemplo, cerca de 50 espíritos cercando e obsediando fortemente uma pessoa com fins de vingarem, como já conheci, se a pessoa não tiver muita força interior e se não mudar muito o seu padrão psicoemocional para ter de fato uma proteção energética poderosa ao seu redor, dificilmente se livrará da obsessão coletiva, porque aí não há apenas um ou dois espíritos para serem convencidos a perdoar, mas serão 50, e isso é muito mais difícil de conseguir.
               Muitas vezes, naqueles que sofrem a obsessão mediúnica, o orgulho e o egoismo estão entre as causas, e foram os causadores do ódio dos desencarnados que agora querem a revanche. Neste casos, a obsessão acaba sendo o remédio amargo para fazer a pessoa trabalhar a humildade, o perdão, a paciência, o egoismo, etc. A lei de causa e efeito regula também as obsessões e impõe os seus limites.
               Os espíritos protetores não abandonam seus protegidos, mesmo nos casos de obsessão. Eles estão sempre por perto, acompanhando tudo, aparando as arestas para que tudo saia de acordo com a permissão do Deus.
               Para quem sofre de obsessão, e quase todos nós sofremos em algum momento de nossas vidas, o conselho é buscar o equilíbrio interior, a serenidade mental, enfim, o auto conhecimento que pode nos tornar menos egoístas, menos vaidosos e menos orgulhosos. Quem está equilibrado gera, automaticamente, um campo de força protetor que impede a aproximação, a influenciação e a dominação por parte dos espíritos desencarnados. Orar e vigiar sempre.
                Quem se livra de um vício já está se imunizando quanto à aproximação de espíritos viciados em relação àquele vício! Se a pessoas deixa o vício do álcool, nenhum espírito beberrão estará acompanhando essa pessoa até sua casa, nem nela fará a sua morada, para ficar mais perto do seu instrumento para beber. Quando alguém deixa de usar drogas, a mesma coisa acontece e por ai vaio em relação a todos os vícios. Assim, livrar-se de um vício é fechar a porta de entrada para espíritos ligados a esse vício!
                Portanto, são os desajustes, as imperfeições de caráter e os vícios os que mais abrem as portas e permitem as obsessões. É buscando desenvolver virtudes, buscando o autoaperfeiçoamento e tornando-se uma pessoa cada vez melhor, mais amorosa, tendo compaixão em relação a todos o seres, amando e fazendo apenas e sempre o bem, orando e equilibrando a própria mente e as próprias emoções que a pessoa da obsessão e evitará futuras obsessões.

(Este artigo de Luiz Roberto Mattos foi publicado, originalmente,

 na revista Caminho Espiritual -Ano 5 - nº 25)