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Carlos Baccelli |
A MENSAGEM
Pedro Leopoldo, 22 de junho de 2003
Estou aqui e através destas palavras singelas, venho ao encontro de todos vocês com muito carinho e reconhecimento em meu coração de servidor sempre agradecido.
Dirigindo-me à querida família espírita de nossa inesquecível Pedro Leopoldo, dirijo-me, com a permissão de Jesus, a todos os integrantes da querida e imensa família espírita que, de nosso Brasil, se estende por outro a países.
Agradeço-lhe, meus irmãos, por tudo: pelo carinho que vocês sempre me dispensaram ao lado dos nossos Benfeitores Espirituais, para que eu conseguisse levar adiante o compromisso abraçado.
Louvado seja Deus, que os colocou em meu caminho para que, diante dos obstáculos, eu não esmorecesse na luta que, evidentemente, há de prosseguir para todos nós, para maior honra e glória d`Aquele a quem nos compete servir invariavelmente.
Perdoem-me, se, neste momento, a emoção toma o meu coração por inteiro e eu, igualmente, não saiba o que lhes dizer com exatidão.
Aqui compareço, nesta manhã, na mesma condição daquele companheiros que me antecederam na palavra e, sinceramente, não me reconheço sob oi regime de qualquer privilégio em relação a eles ou a vocês, que continuam e devem continuar se esforçando para prosseguir com o ideal que abraçamos em nossa Doutrina de Amor e Paz.
Unamo-nos e procuremos melhor servir aos propósitos do Evangelho, operando a nossa própria renovação, dando combate ás imperfeições que ainda nos assinalam e que, tantas vezes, nos induzem a cometer maiores equívocos no cumprimento do dever.
A obra dos amigos espirituais, por meu intermédio, em verdade, não pertence a eles mesmos e muito menos a mim, que prossigo deste Outro Lado da Vida me considerando na condição de um cisco! A tarefa que encetamos na Doutrina pertence ao Senhor e, para executá-la com a devida fidelidade, carecemos de colocar de lado o personalismo e não tornarmos o caminho da polêmica inútil.
Não nos dispersemos, despendo energias espirituais que deverão ser consumidas unicamente nas tarefas que prosseguem sob a nossa responsabilidade.
Perdoem-me se, escrevendo a vocês neste instante, eu não consigo deixar de ser o Chico que sempre fui... O que, afinal de contas continuo sendo para ser o espírito feericamente iluminado que os amigos sempre me supuseram, por bondades dele e não por méritos que, em verdade, eu nunca tive e prossigo sem ter?! Em mim, mesmo após a desencarnação, continua subsistindo muitos traços de treva e me reconheço muito distante da condição em que os amigos me colocam.
A nada mais aspiro, se o Senhor assim o consentir, senão dar sequência ao humilde trabalho que o Espiritismo, na revivescência do Evangelho, nos possibilita em favor de todos os nossos irmãos em Humanidade.
Escrevo-lhe nesta hora,s em nenhuma preocupação e espero, sinceramente espero que estas minhas palavras não nos ocasionem maiores contendas e nem nos induzam ao esquecimento de nossas obrigações fundamentais.
Eu jamais seria capaz de silenciar ou de me considerar um espírito deferente de tantos outros - embora a minha total desvalia -, que estão e sempre estarão à disposição daqueles que necessitarem de uma palavra de encorajamento e de companheirismo, afim de que não se fragilizem na vivência do ideal.
Deixo-lhe queridos irmãos e irmãs, o meu abraços fraternal e a minha alegria por ainda me sentir integrado à todos vocês, na Causa que nos é comum e que, sem dúvidas, nos merece e nos merecerá sempre o melhor esforço e o maior devotamento.
Impossível que, neste primeiro contato, eu lograsse extravasar todas as emoções que me possuem o espírito em forma de gratidão e de reconhecimento à família espírita do Brasil, da qual eu mew tornei eternamente devedor.
Com a minha saudade, a minha intensa saudade de todos os dias, sou o irmão e servidor e sempre grato, o menor dentre os menores dervodores de nossa Causa, sempre o seu
Chico Xavier
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