B L O G DOS E S P Í R I T O S

domingo, 17 de novembro de 2013

A paz do Cristo - 2

(continuação)

                           Assim, não obstante os ensinamentos da filosofia clássica encontrados em Platão (427-347 a.C), na clara definição sobre como deve ser o "estado de concórdia" entre as pessoas: "[...] a paz com o outro só pode resultar da paz interna, isto é, da ausência de impulsos violentos, de tendências agressivas, num indivíduo ou numa nação [...]", a história universal registra, desde as mais longínquas eras, a preocupação dos homens em guerrearem entre si na procura desordenada de pseudo soluções para sua estada na Terra. Todos aspiram à paz, por considerá-la indispensável à adaptação entre os seres, mas singular é o fato de que teimam em conquistá-la pela agressão, defendendo os sues direitos de maneira hostil e brutal, sob a equivocada certeza de que as injustiças sociais, e suas consequências, só serão corrigidas por uma ordem social diferente, e que deve ser obtida pela força, suprindo os valores espirituais que, porventura, possam engrandecer o homem na sua trajetória imortal.
                      Ao espírita, cabe indagar: devemos aceitar essa falsa noção de paz, quando possuímos grande responsabilidade no fato de reconhecermos a multiplicidade das existências, além da morte, e dos efeitos que advirão das nossas escolhas? A Doutrina consoladora traz indicações seguras para a explicação desse enigma:

                              A fraternidade será a pedra angular da nova ordem social; mas, não há fraternidade real, sólida, efetiva senão assente em base inabalável e essa base é a fé, não a fé em tais ou tais dogmas particulares., que mudam com os tempos e os povos e que mutuamente se apedrejam, porquanto, anatematizando-se uns aos outros, alimentam o antagonismo, mas a fé nos princípios fundamentais que toda a gente pode aceitar e aceitará: Deus, a alma, o futuro, o progresso individual indefinito, a perpetuidade das relações entre os seres. Quando todos os homens tiverem convencidos de que Deus, soberanamente justo e bom, nada de injusto pode querer;que não dele, porém dos homens vem o mal, todos se considerarão filhos do mesmo Pai e se estenderão as mãos uns aos outros. Essa a fé que o Espiritismo faculta e que doravante será o eixo em torno do qual girará o gênero humano,quaisquer sejam os cultos e as crenças particulares. (Destaque de Clara Lira)
(CONTINUA)

Nenhum comentário:

Postar um comentário