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sábado, 16 de novembro de 2013

A paz do Cristo

Por Clara Lila G. de Araújo
Reformador - Nov.2013


"Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou. 
Eu não vos dou como o mundo a dá.
Não se perturbe o vosso coração,
 nem se atemorize." (João, 14:27)

       Jesus, nos momentos derradeiros do Calvário, ao enunciar essa máxima divina para os que o acompanhavam, sabia dos percalços que seus discípulos encontrariam na trajetória das lutas redentoras, que empreenderiam em seu nome. Segui-lo significa engrandecer-se pela possibilidade da cooperação espiritual junto às atividades terrenas, enfrentando, no entanto, combates aguerridos do coração para a implantação do Cristianismo no orbe ao sofrerem infindáveis revezes em forma de provas e testemunhos, que haveriam de suportar sem esmorecimentos.
            Ainda hoje sentimos as agruras desse esforço, pois a obra de divulgação da Boa Nova, solidificada pelo Espiritismo, exige trabalhadores persistentes e valorosos, que não desanimem diante das incompreensões do mundo, no longo caminho a percorrer para a meta a ser alcançada, mormente de transformação moral da humanidade.
             Os tempos atuais, contudo, apesar dos ensinamentos recebidos para que mantenhamos a serenidade em prol da edificação das atividades espíritas a desenvolver, nos deixam apreensivos ao verificar que distúrbios sociais, ocorridos em determinadas nações, resultam em excessos de todo o tipo por meio de atos extremamente violentos e cruéis,, comprometendo o equilíbrio do corpo e do Espírito. Inserido nesse contexto, mas diferenciando-se de alguns países, que exageram nas barbáries cometidas, não podemos deixar de destacar o Brasil, que tem sido palco de agitações urbanas, a investirem de forma destrutiva contra o bem público e privado, criando empecilhos para os cidadãos.
               Mesmo sendo conhecedores da condições utilizadas pela divina Providência no processo evolutivo dos indivíduos e das coletividades, seja qual for o sistema geopolítico, social e econômico a  vigorar em seus territórios, causa-nos tristeza verificar que, após tantas experiências de guerras fratricidas e avassaladoras vividas pelos homens na Terra, de modo algum esta triste realidade os influenciou para que avaliassem a insensatez das ações dessa natureza, prejudicando-lhes o atendimento de suas necessidades de melhoria espiritual.
                       Essas questões preocupantes precisam de reflexões mais acuradas, sobretudo por aqueles que sabem da importância da missão espiritual do Brasil como "coração do mundo e pátria do Evangelho" e recomendam a harmonia entre os indivíduos com vistas à união fraterna dos corações. Os espíritas encontram na Doutrina esclarecimentos e iluminação e compreendem os intricados problemas da vida na matéria, sempre com o intuito de preservar a paz na vivência da tolerância esclarecida.
                         A eminente mentora Joanna de Ângelis, em estudo sobre o tema, destaca:

                    "Os milênios da cultura e civilização parecem que em nada contribuíram a benefício do homem, que intoxicado pela violência generalizada, adotou filosofias esdrúxulas, em tormentosa busca de afirmação, mediante o vandalismo e a obscenidade, em fugas espetaculares para as "origens".    (CONTINUA)

                       

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