Ilumina-te!

Por Victor Rebelo
Revista Cristã de Espiritismo
Ano XIV - ed. 122

O médium e palestrante Divaldo Pereira Franco

fala sobre seu mais recente lançamento, 

mais um obra do Espírito Joanna de Ângelis

        Divaldo Franco, 86 anos, é natural de Feira de Santana, Bahia, Brasil. É reconhecido como um dos maiores médiuns e oradores espíritas da atualidade. Fundou com seu fiel amigo Nilson de Souza Pereira, o Centro Espírita Caminho da Redenção e a Mansão do Caminho, que atendem a toda a comunidade do bairro de Pau da Lima,em Salvador, beneficiando milhares de doentes e necessitados.

      Como médium psicografou mais de 255 livros, com mais de 8 milhões de exemplares, onde se apresentam 211 autores espirituais,muitos deles ocupando lugar de destaque na literatura, no pensamento e na religiosidade. A seguir, uma entrevista exclusiva, para a Revista Cristã de Espiritismo, sobre sua mais recente obra psicografada: Ilumina-te (editora Intervidas).

           Divaldo, o livro Ilumina-te faz parte de uma trilogia, composta também por Entrega-te a Deus e Liberta-te do Mal, todos pelos espírito Joanna de Ângelis. Qual é a proposta central dessa trilogia e qual é o foco deste terceiro e último volume?

              Divaldo - O foco central do livro Ilumina-te é convidar o leitor a uma profunda reflexão em torno dos objetivos essenciais da existência humana. Não raro, preocupamo-nos com a adoção de determinados comportamentos, principalmente espirituais, de acordo com o nosso pensamento, a nossa forma de crer, gerando dificuldades nos relacionamentos afetivos e sociais. O livro em tele convida-nos ao esforço da autoreflexão, da busca do Deis interno, de modo que o nosso exemplo e nossa iluminação interior demonstrem a excelência da nossa crença. Na referida trilogia, a benfeitora espiritual enfoca sempre o esforço de cada um, para a sua transformação moral, evocando a proposta de Jesus: - Do que vos vale salvar o mundo e perder a própria alma?

       Logo no prefácio, Joanna de Ângelis nos deixa claro a importância de cultivarmos pensamentos equilibrados, o que é fundamental no processo de harmonização emocional e até mesmo física. Por que é tão difícil nos vigiarmos e mantermos um padrão saudável?

           Divaldo - Infelizmente, os nossos atos pessimistas são frutos das nossas mensagens mentais do mesmo padrão. As heranças ancestrais encontram-se tão fixadas em nossos painéis íntimos, que enfrentamos dificuldades toda vez quando nos propomos alteração de conduta para melhor. De alguma forma, quase masoquista, as criaturas preferem ser infelizes, inspirando compaixão, a serem ditosas, despertando o amor. Nada obstante, o esforço para substituir os pensamentos negativos pelos edificantes é o método mais saudável antes a impossibilidade de viver-se sem pensar...      

          Utilizando-se de uma metáfora, o livro nos recomenda passarmos alguns períodos no "deserto", a fim de nos abastecermos de energias salutares, buscando o silêncio, a meditação...Por que e tão importante essa jornada interior?

                Divaldo - Enquanto não nos conhecemos, não identificamos as próprias limitações, e qualquer esforço externo pata a aquisição da harmonia, assim como da saúde torna-se vão. Na proposta do amor ao próximo, essa conquista somente é possível quando logramos o amor a nós mesmos, isto é: a vitória sobre as imperfeições, sobre as más inclinações e os vícios que vêm sendo cultivados através das experiências reencarnacionistas passadas. Realizada a viagem interna, a descoberta das dificuldades pessoais e os desafios que nos dizem respeito, entendemos melhor os problemas do próximo, seu comportamento, sua situação emocional e moral, passando a ter tolerância para com ele, estimando-o e chegando mesmo a amá-lo, embora ele nos seja inamistoso e agressivo. O autoconhecimento é luz na jornada em favor da libertação pessoal. Dessa maneira, atendemos ao proposto pelos Espíritos nobres à questão 1019 de O Livro dos Espíritos, quando nos afirmam a necessidade do Conhece-te a ti mesmo, "para a conquista da felicidade neste mundo...". 

 (CONTINUA)