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quinta-feira, 14 de novembro de 2013

Um presente do Céu - 2

(continuação)

                   Denisard é convidado a participar das reuniões das mesas em Paris e acaba indo à casa de Emílio Carlos por convite da Carolina, feito na casa de uma senhora onde ele assistia as manifestações mediúnicas, depois de insistentemente convidado por amigos mais chegados. Ele aceitou o convite e na casa de Emílio Carlos é saudado pelo espírito que, efusivamente, faz elogios à figura importante que mais tarde seria convidada a organizar O Livro dos Espíritos eque assinaria como Allan Kardec, o mesmo nome dito por Zéfiro quando conviveu com ele antes de Cristo. Saúda-o dizendo "Salvo caro Pontífice" e Denisard responde "bençãos apostólicas meu caro discípulo". Embora todos rissem porque soava como brincadeira, já que o Espírito era dado à jocosidade, ambos sabiam do que se tratava, de verdade.
                    Da mesma forma como Kardec começa O Evangelho Segundo o Espiritismo com as três revelações - Moisés - Jesus - Espiritismo -, para mostrar que o Plano Divino nos socorre sempre, à medida que podemos entender e aproveitar as orientações, também o deveria ser um Espírito já amplamente preparado para tarefa tão importante como esta; a de revelar à humanidade a inexistência da morte, a continuidade da vida e a volta ao mundo físico quantas vezes o espírito precisasse para novos aprendizados, até aproximar-se dos limites da perfeição.
                       Embora tivesse cuidado da tarefa por apenas doze anos, de 1857 a 1869, do lançamento do primeiro livre até o desencarne, teve o codificador um período de muitas lutas, o que é comum na vida dos missionários e apaziguadores, Foi o que ocorreu com Gandhi, Mandela, Luther King, Kennedy, Tereza de Calcutá, Chico Xavier e tanto outros que romperam com o mundo material para cuidar da espiritualização e entendimento entre os homens. O próprio Jesus é um exemplo disso, em apenas três anos de revelações.
                      Para a nossa alegria, porém,, o Espiritismo chegou até nós por interior e com a maturidade do Codificador, uma alma de aço,  que nos legou toda a Codificação, além do livro com anotações de seus cuidados com a doutrina, editado sob o título As obras póstumas de Allan Kardec, além da extraordinária Revista Espírita, edita de 1º de janeiro de 1858 até dezembro de 1869. Riquíssimo manancial para estudo do Espiritismo.
                     Jamais devemos nos esquecer de agradecer ao codificador pelo legado, incluindo-o em nossas preces de gratidão aos benfeitores que nos ajudam ou ajudaram com  suas mensagens, seus livros, seus recados, seus estímulos.Que saibamos omitir cada um deles passando a pedir menos e oferecer mais. Saber que precisamos de pouco, mas temos muito a dar. Basta que compreendamos a finalidade do Evangelho de Jesus em nós com o suporte do Espiritismo que fala claro sobre os mecanismos da vida. Quando saímos de nós para pensar no outro é que somos realmente cristãos. Enquanto pedimos somente para nós e para os nossos não passamos de egoístas, como o comum das pessoas. E de nada adiantará ser espírita e frequentar centro se não alteramos a nossa conduta.
                    Onde esteja, caro benfeitor Rivail, encarnado ou não, que Deus o recompense pelo muito que fez pelos seus irmãos da Terra. Suas lições são fundamentais para o nosso crescimento e para que posamos colaborar na transformação do planeta para Mundo de regeneração.
Octávio Caúmo

O autor Octávio Caúmo
é jornalista e palestrante espírita, e
dirigente do Centro Kardecista "Os Essênios".  

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