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sexta-feira, 22 de agosto de 2014

Espíritos na psicografia

Por Leonardo Marmo Moreira
Leonardo Marmo Moreira (MG)
O Consolador - nº 310 (5.5.13)

Fatores complicadores 
da tarefa de identificação
de Espíritos na psicografia


A identificação nominal e a subsequente confirmação da respectiva "assinatura" do espírito, autor da mensagem mediúnica, não consiste em tarefa trivial por parte de estudiosos encarnados do fenômeno mediúnico. A fascinação, que é fenômeno comum dentro dos estudos da obsessão, consiste em influência espiritual negativa que se disfarça de influência espiritual positiva, iludindo o "assistido", que muitas vezes considera o espírito comunicante, às vezes um pseudossábio, um grande mentor espiritual (frequentemente com um nome célebre em alguma área do conhecimento). Esse fenômeno consiste em perigo constante no estudo das mensagens mediúnicas, o que faz com que o movimento espírita esteja sempre atento ao estudo das mensagens que vêm do mundo espiritual, uma vez que a adulteração do nome é o recurso mais fácil de ser utilizado por Espíritos mistificadores.

Por outro lado, o trabalho por parte de Espíritos verdadeiramente evoluídos que objetivam trazer mensagens por intermédio de determinados médiuns é até mais complexo, pois a influência anímica do médium, entre outras, afeta decisivamente a qualidade do recebimento da mensagem. Os mentores precisam "driblar" grande número de dificuldades para fazer chegar o elevado nível de informação da obra original do mundo espiritual até as páginas que nós lemos nos livros. De fato, a própria análise do corpo editorial, dependendo da editora, pode, a posteriori, alterar a essência do pensamento do autor espiritual. É claro que isso pode ser positivo, se a mensagen estiver "truncada", prolixa, ou pouco informativa. Entretanto, algumas informações, realmente relevantes e elevadas podem ser perdidas e os mentores, estando conscientes disso, têm de superar tais entraves para que o máximo da melhor mensagem possa chegar até os irmãos encarnados.

Nós, como espíritas encarnados, temos que estudar o máximo para que nossa análise crítica seja a mais coerente com a Doutrina Espírita que possamos alcançar. Allan Kardec constatou a complexidade do assunto graças ao seu amplo e profundo estudo a respeito das comunicações mediúnicas. Além da complexidade da identificação, a constatação, por parte do Codificador do Espiritismo, de aspectos mais relevantes a serem analisados concernentes ao conteúdo da mensagem (em primeiro lugar) e ao caráter moral do médium (em segundo lugar) fez com que Kardec deixasse como terceira prioridade os estudos referentes à identificação nominal do autor espiritual. (CONTINUA)

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