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José Herculano Pires |
Esclarecendo o problema
da morte dentro de
nova concepção da vida
José Herculano Pires
A compreensão exata do fenômeno da morte, em seu verdadeiro sentido, em sua verdadeira significação, é uma das mais belas contribuições do Espiritismo para o homem dos nossos dias. No passado, principalmente nas grande civilizações orientais, o homem desfrutou de elevada compreensão do sentido da vida, e consequentemente da morte. Mas essa compreensão era ainda perturbada pela falta do esclarecimento científico do problema. Apresentava-se envolta na ganga mística ou teológica do mistério. A sobrevivência constituía uma certeza, mas uma certeza de tipo enigmático, de consequências imprevisíveis. Os mortos não eram ressuscitados, não eram homens tão somente desprovidos do corpo físico, mas almas de um mundo desconhecido.
O Espiritismo, como explica Allan Kardec em A Gênese, vindo depois do desenvolvimento científico, trouxe a vantagem de objetivar o problema da sobrevivência, de colocá-lo no plano da observação e da experiência, de submetê-lo aos processos de verificação e pesquisas científicas. Graças a essa nova colocação do problema, a morte foi despojada dos seus aparatos místicos e do seu sentido cabalístico. Passou a ser encarada de maneira natural, como um fato que pertence a ordem natural das coisas, tão sujeito às leis da vida como o próprio nascimento. "Nascer, crescer, viver, morrer, renascer ainda, progredir sempre, tal é a lei", afirmou Kardec. Nascimento, vida e morte nada mais são do que três fases de um mesmo e único processo, o processo da vida.
Acabando com os chamados mistério da morte, o Espiritismo demonstrou, experimentalmente, que o homem se liberta do seu corpo físico de modo tão natural quanto a larva se transforma em borboleta. Lembrando os ensinos de Cristo e dos seus apóstolos, mostrou que a ressurreição, como escreveu o apóstolo Paulo em sua primeira epístola aos Corintios, é de ordem espiritual e não material. "Planta-se o corruptível, nasce o incorruptível, enterra-se o corpo material, nasce o corpo espiritual". Nem anjo nem demônio, nem alma do outro mundo, nem entidade misteriosa, o espírito daquele que morreu é o próprio morto que ressurgiu na morte. É o mesmo homem que conhecemos na Terra, com seus vícios e sua virtudes, apenas desprovido de um envoltório grosseiro, como um escafandrista que, por tirar o escafandro, não deixa de ser o que era.
Essa nova concepção da morte liberta o homem do medo de morrer, ensina-lhe mesmo a conveniência e a necessidade de morrer, quando soar naturalmente a sua hora, e tira aos que ficam os motivos de angústia e desespero. Uma suave compreensão substitui, na mente e no coração das criaturas, o velho temor e a antiga revolta contra as leis naturais. Ernesto Bozanno, o grande pesquisador italiano, entre as suas muitas monografias espíritas, incluiu um estudo sobre A Crise da Morte, que merece ser lido por todos os que se preocupam com esse problema universal. Um estudo objetivo, sereno, claro e lógico, baseado em observações do momento . realizadas em várias partes do mundo.
Diria Victor Hugo: "Morrer não é morrer, meus amigos; morrer é mudar-se". E Charles Richet, o grande fisiologista francês, prêmio Nobel de Fisiologia, escreveu a Cairbar Schutel: "A morte é a porta da vida". O Espiritismo prova a realidade desses conceitos. Através da imensa e variada fenomenologia mediúnica, desde as simples manifestações de tiptologia até as de incorporação, de voz direta e de materialização, o Espiritismos vem demonstrando positivamente a ralidade da sobrevivência. Os que se obstinam em ignorar essas experiencias, em fechar os olhos para o nosso mundo que se abre ante os homens, pagam o duro tributo do sofrimento sem remédio que as velhas concepções lhes impõem.
Essa nova concepção da morte liberta o homem do medo de morrer, ensina-lhe mesmo a conveniência e a necessidade de morrer, quando soar naturalmente a sua hora, e tira aos que ficam os motivos de angústia e desespero. Uma suave compreensão substitui, na mente e no coração das criaturas, o velho temor e a antiga revolta contra as leis naturais. Ernesto Bozanno, o grande pesquisador italiano, entre as suas muitas monografias espíritas, incluiu um estudo sobre A Crise da Morte, que merece ser lido por todos os que se preocupam com esse problema universal. Um estudo objetivo, sereno, claro e lógico, baseado em observações do momento . realizadas em várias partes do mundo.
Diria Victor Hugo: "Morrer não é morrer, meus amigos; morrer é mudar-se". E Charles Richet, o grande fisiologista francês, prêmio Nobel de Fisiologia, escreveu a Cairbar Schutel: "A morte é a porta da vida". O Espiritismo prova a realidade desses conceitos. Através da imensa e variada fenomenologia mediúnica, desde as simples manifestações de tiptologia até as de incorporação, de voz direta e de materialização, o Espiritismos vem demonstrando positivamente a ralidade da sobrevivência. Os que se obstinam em ignorar essas experiencias, em fechar os olhos para o nosso mundo que se abre ante os homens, pagam o duro tributo do sofrimento sem remédio que as velhas concepções lhes impõem.
(Do livro O Homem Novo, págs. 121/123, J. Herculano Pires, 5ª edição, 2008 - Editora Espirita Correio Fraterno - São Bernardo do Campo-SP))
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