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segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

Estudo sob o perispírito - 9

(continuação)
Charles Richet
                   A título de curiosidade, provavelmente já na nona edição do seu Traité de Métapsychique, Charles Richet deve ter lido tal obra e, interpretando-a erroneamente, chegou a conclusão de que, nas aludidas "materializações" - aparições espirituais -, os Espíritos usariam o ectoplasma como elemento básico para se transformarem em figuras tangíveis. O que Varley informa, na verdade, é que,  através do médium Douglas Home, uma das aparições indagada, teria dito que a energia essencial aos fenômenos seria produzida pelo ectoplasma do médium, que a modularia e a emitiria para que fosse usada nos espíritos.
                        O ectoplasma é o organismo envolvente do protoplasma celular e, como tal, não pode abandonar a célula impunemente, como no caso de corda de violão, supondo que ela se propagasse produzindo o som. E tal estultice fica sendo reproduzida até hoje por entidades espirituais, como se  Crookes tivesse afirmado.
        Foi esse sábio inglês que classificou as ditas aparições em dois grupos: aparições luminosas e aparições estereológicas (stereologic appearance) , ou seja, tangíveis, tocáveis, enfim, analisáveis; e ele mesmo chegou a auscultar, com auxílio de médicos, um fantasma integrado, comprovando que ele podia até detectar o pulso cardíaco e a respiração arfante do "fantasma". 
        Cabe ainda lembrar que as ditas aparições estereológicas foram obtidas através da médium Florence Cook, e o "fantasma" dito tangível foi o de Katie King. Há várias referências a tais estudos.
          Sim! O que isto tem a ver com o perispírito?
           Entra, então a parte de Varley, com sua aparelhagem eletrônica para provar que a dita aparição não era humana nem materializada, mas condensada por um agente ou campo estruturador - o perispírito evidentemente - da entidade ali manifesta. 
           Inicialmente, ele instalara uma célula fotoelétrica primitiva na porta de cabine para que se alguém a ultrapassasse, sendo opaca (material), cortaria o fluxo da dita emissão celular e, com isso, estando ligada a um circuito, ela dispararia uma campainha; e, de fato, interpondo qualquer corpo sólido nas ditas emissões, elas se interrompiam e a campainha tocava.  
            Para seu espanto, quando se tratava de uma "aparição" de qualquer natureza, em vez de interromper o fluxo, o que o parelho registrava era uma interferência de fonte, como no caso da grade do tríodo, inspirada nesse fato e inventada por Croookes: em vez de interromper o fluxo, o "fantasma" modulava-o e permitia uma leitura diferente no aparelho controlador. (continua amanhã)                   

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