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José Raimundo de Lima |
RIE - O senhor falou que a imprensa não dava tanta importância às noticias do movimento espírita. Isso já mudou?
JR - Mudou, consideravelmente, nos últimos anos, com a implantação da Assessoria de Comunicação Social, na FEPB, que elegeu, como principal meta, massificar a mensagem espírita. Esse projeto já se iniciou e vem sendo coroado pela campanha Divulgando a Imortalidade, no período de Finados. Milhares de panfletos são distribuídos, nos cemitérios e em pontos estratégicos de João Pessoa, além de faixas, ressaltando a continuidade da vida. Cidades paraibanas e de diversos estados têm reproduzido essa ideia, originada na FEPB. Além disso, a Ascom tem conquistado significativos espaços na mídia (portais, jornais, emissoras de rádios e TVs)m e firmado parceria para divulgar as nossas ações e ventos. Com isso, a mensagem invade os lares mais afastados dos recantos da Paraíba, atingindo e contemplando, de alguma forma, aqueles que não compareceram pessoalmente. Conquistou uma sessão especial na Assembléia Legislativa, em homenagem aos 90 anos da FEPB, e outra sessão conjunta com a Câmara Municipal, esta na sede da Federação, para comemorar os 150 do Espiritismo. Produziu suplementos especiais sobre o sesquicentenário do Espíritismo e centenário de Chico Xavier, para encartar em jornais, além de promover uma ampla divulgação dos filmes Chico Xavier e Nosso Lar. Enfim, só para citar alguns exemplos, porque estamos sempre viabilizando estratégias, no sentido de difundir a mensagem espírita.
RIE - O senhor nasceu em família espírita? Como foi essa trajetória?
JR - Minha família é tradicionalmente católica, inclusive fui batizado na igreja da fazenda onde nasci. Minha mãe queria fazer-me padre e pediu ao monsenhor para conduzir-me nessa direção. Iniciei seu sonho no Colégio Diocesano, mas desafiei o professor de religião e fui expulso da escola. Alguns colegas me prestaram solidariedade, foram expulsos também, causando um escândalo, em Areia. Envergonhado, meu pai mudou-se da cidade, com toda a família. Aceitei o protestantismo e, depois, com os fenômenos mediúnicos ocorridos comigo, tornei-me espírita.
RIE - Que fenômenos foram estes?
JR - Foram anos de muitos sofrimentos: crises denominadas pelos médicos de PMD, que significa transtorno bipolar. Depois de muitos internamentos, o médico perguntou como eu me modificava tanto, pois notava quando eu estava mediunizado. Chamou meu pai e recomendou buscar tratamento em outro lugar, fora da medicina tradicional. Já uma vizinha disse para minha mãe que eu tinha um influência espiritual e convenceu levar-me a um centro espírita. Ela aceitou, mas disse que ia se confessar pelo pecado. Em aproximadamente quinze dias, deixei de apresentar os sintoma de violência, de insônia e outros. Comecei a ler e compreender o que se passava comigo e, com o desenvolvimento da mediunidade e esclarecimento doutrinário, vivo feliz e fazendo os outros felizes. (continua)
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