
Observaremos que Lucas de Antioquia, a quem são atribuídos a autoria de O Evangelho Segundo Lucas e de Atos dos Apóstolos, na condição de o primeiro investigador do "Jesus Histórico", não dispensara qualquer atenção à suia aparência fisionômica.
Outrossim, notaremos que Paulo de Tarso, o grande apóstolo que tivera a experiencia de ver o Cristo na sua condição de espírito puro (I Cor 9:1; I Cor 15:8) e como Ele se comunicar em várias ocasiões (Gal 1:12; Cor 11: 23), cujas epístolas são consideradas magistrais dissertações acerca da doutrina cristã, igualmente não fraqueara nenhuma considerações sobre as feições do Mestre, ainda que indiretamente.
No entanto, é Allan Kardec - alcunha do cientista e pedagogo francês H.L.D. Rivail -, quem 143 anos antes dos grandes autores contemporâneos, apresenta a luz da exegese perfeita para mais esta temática, novamente desvelando extraordinária sintonia com o próprio pensamento do Cristo. Em A gênese, o apóstolo do Cristianismo da Idade Moderna lega à ciência hermenêutica admirável interpretação para a irrelevância do conhecimento da real feição de Jesus: (...) " Como homem, tinha a organização dos seres carnais, mas como espírito puro, desprendido da matéria, devia viver mais da vida espiritual do que da vida corporal, da qual não possuía as fraquezas. Sua superioridade sobre os homens não resultava das qualidades particulares do seu corpo, mas das do seu espírito, que dominava a matéria de uma maneira absoluta, e da qualidade do seu perispírito, constituído da parte mais quintessenciada dos fluidos terrestres." (...)
O Espiritismos também tem por missão restitui o Cristianismo ao seu sentido genuinamente espiritual, porquanto, nesse capítulo, o fiel servo lionês de O Espírito de Verdade conduz-no o entendimento acerca dos fanais que verdadeiramente devem arrebatar o cristão sincero: a vida, os ensinos e a obra do Cristo.
Consonante com a visão dos Evangelistas, de Paulo de Tarso e de Allan Kardec, apreende-se, pois, ser condição essencial para fazermos uma imersão na clareza diamantina dos ensino de Jesus que libertemo-nos integralmente de toda e qualquer forma de idolatria, desvinculando-nos dos atavismos multisseculares que ainda possam se nos agrilhoar, como o fito de incorporamos o exato espírito do Cristianismo, definitivamente fixando-nos na alma seu sublimes e verazes conteúdos.
(Fabiano Nunes - Revista Cultura Espírita - julho 2011)
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