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terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

Caridade e filantropia

Por Fernando Antonio
Madre Teresa
Bill Gates

         Ontem, no Centro Kardecista Os Essênios, coube ao mestre Octávio Caúmo ministrar  a palestra da semana, quando nos deu uma aula sobre caridade. Entre outras coisas, ele lembrou um dos alicerces desse edifício quando disse que "a caridade sem a fé não basta".
          Falemos um pouco da fé, da fé sincera e da fé aparente, sim, porque existe essa diferença; aquela, é empolgante e contagiosa. "Comunica-se aos que não a têm ou mesmo não deseja tê-la. Encontra palavras persuasiva que vão a alma" ; ao passo que esta, "utiliza tão somente palavras sonoras que deixam frio e indiferente quem as escuta".
           Tracemos um paralelo entre Madre Teresa de Calcutá e Bill Gates. A primeira impressão, para os que raciocinam de maneira imediata, é a de que a Madre se enquadra na fé sincera, enquanto Gates cai bem na fé aparente. Bom, a fé sincera da Madre não se discute. Mas será que não há fé sincera em Bill Gates? Segundo estou informado, Gates já doou cerca de 30 bilhões de dólares para a caridade desde o ano de 2000. É um valor considerável, mas essa não é a questão primordial. O que vale ressaltar é que no ano 2000, junto com sua esposa Melinda, criou a Fundação Bill e Melinda Gates, uma organização filantrópica que tem como principal objetivo promover a pesquisa sobre a AIDS e outras doenças que atingem, em maior parte os países em desenvolvimento. 
            Racionando agora de forma mediata, não temos porque duvidar da boa vontade de Gates em promover a filantropia, que originada do grego, significa "amor à humanidade". Ora, assim sendo, caridade e filantropia até se confundem quando é praticada com boa vontade e com amor. Não temos porque duvidar de Gates, pois também sabemos que em 2008 ele retirou-se da Microsoft para se dedicar inteiramente aos seus projetos filantrópicos.
                 Mas, na visão espírita, há ou não diferença entre caridade e filantropia? A resposta é sim! Existe diferença. O Espírito Joanna de Ângelis diz que a caridade legítima requer como requisito imprescindível a fé. A filantropia, apesar de valiosa ajuda que realiza, independe da fé e não se caracteriza necessariamente pelo sentimento cristão. No caso dos nomes citados, Gates pode praticar, sim, a caridade, desde que ela seja feita com fé cristã. Caso contrário, e filantropia! No caso da Madre, pura caridade!
                 Voltando à palestra citada acima, vi da satisfação de Octávio Caúmo, quando disse que a caridade " é uma virtude extraordinária. A verdadeira caridade beneficia a nós próprios". Isso me faz lembrar um dos célebres pensamentos do Espírito André Luiz, que encontramos no livro Missionários da Luz, psicografado por Chico Xavier. Diz ele: "Quem dá o bem é o primeiro beneficiado, quem acende uma luz é o que se ilumina em primeiro lugar".
                 

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