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segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

Fred: agradável surpresa

Fred Bezerra
Por Fernando Antonio

        Neófito no estudo da Doutrina Espírita, é natural que aqui e acolá me surpreenda. Felizmente, tem sido boas surpresas, a exemplo do que ocorreu na tarde do último sábado, 9, quando fui, pela primeira vez,  ao centro União Espírita Deus, Amor e Caridade - Casa da Vovozinha, dirigido pelo Sr. Clóvis Gomes, no centro da cidade de João Pessoa, assistir ao Simpósio Paraibano de Atualidades Espíritas.
         Com 81 anos de existência, a Casa da Vovozinha acolheu um excelente público, lotando o seu auditório refrigerado e com cerca de 200 cadeiras. O primeiro palestrante veio de Recife e não demorou muito para eu sentir que ele era querido pelos frequentadores do Centro. Estou falando de Fred Bezerra, publicitário e consultor de empresas e um do mais requisitados expositores espíritas do Brasil.
          Ele começou conquistando a plateia, quando disse: "Estou vindo de Recife, a cidade mais bonita do Brasil, depois de João Pessoa", e foi ovacionado. Fred tem 53 anos de idade, dos quais, 31 dedicados ao Espiritismo.                   
          Por várias vezes, durante a sua palestra, sempre cativante, ele me fez lembrar claramente o estilo Divaldo Franco. Quem ainda não conhece Fred ministrando palestras, quando vier a conhecer lembrará de Divaldo. Ambos têm o poder de cativar, prender a atenção de todos. Sabem mexer o humor da plateia. Lembro aqui uma passagem, quando Fred começou a fazer comparações sobre pessoas que começam a envelhecer. O tempo não perdoa e as rugas no rosto, a passada mais lenta, a memoria traindo e o corpo fraquejando, veio então Fred a contar, mais ou menos, o seguinte:
         Dois amigos, numa praça, viram passar uma senhora alquebrada pelo tempo.
         E um disse para o outro: - Viu aquela mulher - apontado-a. O outro fez um gesto meio displicente.
Então, falou o primeiro, que era fulana. que na juventude era muito bela, e veja como ela...
- O quê? - interrompeu o segundo - AQUILO ...  é fulana...!??
          É até possível que Fred tenha criado essa história, mas o fato é que ele sentiu a vibração do auditório, que caiu na gargalhada pela maneira bem engraçada como ele falou dessa fulana. Esse poder ele demonstrou várias vezes.
          Notei que Fred é movido pela emoção. Claro, orador inteligente, sabe conectar as ideias, mas teve um momento que ele olhou para o relógio da parede, ao lado, e perguntou ao dirigente: ainda tenho tempo?  O fato é que ele falou por quase duas horas, sem parar. Não, parou algumas vezes para tomar água e tossir outras poucas vezes, mas isso, penso, por conta da calorosa receptividade. A plateia, atenta, o tempo todo, estava unida para prestigiá-lo. Ele sentiu essa energia positiva, tenho certeza. 
          Quando terminou de falar, tive outra surpresa. Fizeram fila, cerca de 30, 40, pessoas, fila para abraçá-lo e tirar fotos. Pessoas que eu senti serem suas bem conhecidas de outras palestras. A cada uma, maioria mulher, era um abraço fraterno e demorado... atencioso e sorridente com todos. E eu terminei me contagiando. Peguei o livro Paulo e Estevão, de Emmanuel/Chico Xavier, que acabara de adquirir na livraria do Centro, e, assim que terminou a fila do abraço, lhe foi oferecido um lanche ali mesmo. Esperei terminar e subi no palco, indo ao seu encontro.
           Fred, por favor - eu disse - queria o seu autógrafo. Ele sorriu, tocou no meu ombro e lhe entreguei o livro, dizendo meu nome.      
            "Para Fernando, Paulo e Estevão seja sua inspiração uma jornada para a luz. Com carinho. Fred Bezerra." 
             Em seguida, ele saiu do auditório e foi embora. Pensei que ia voltar para a cidade  que ele acha linda, depois de João Pessoa, claro. Não, foi para o interior da Paraíba, Campina Grande, onde no dia seguinte, ou seja, ontem, participou do 40º  Movimento de Integração do Espirita Paraibano, que se encerra amanha, dia 12. 
                Tivemos o segundo palestrante, naquele sábado, o Carlos Pereira, igualmente de Recife, que falou uma hora e saiu-se muito bem. Voltei para casa, já escuro, me sentindo bem, pois foi para mim uma tarde de luz.

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