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quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

Sou um espírito ou tenho um espírito?

Por Mara Andrich

                          O espírito, como conceitua Allan Kardec, é "o princípio inteligente do Universo". É, portanto,segundo o espírito orientador da SER Espírita, Antonio Grimm, o "autor e o portador da cultura". Sim, é o espírito -  e não o corpo - que pensa e que age. O corpo é apenas o instrumento de aprendizado e manifestação temporária do espírito aqui na Terra. Cada um de nós, espíritos, somos criados simples e ignorantes, mas inteligentes e livres para crescer, conforme vamos adquirindo conhecimentos. Crescemos tanto quando encarnados quanto quando desencarnados. Mas como,quando, para que e por que fomos criados? De que somos feitos? Para onde vamos após o desencarne?

Os espíritos são os protagonistas da codificação da Doutrina Espirita. Eles "ditaram" a Allan Kardec tudo o que hoje fundamenta o Espiritismo. Sem eles, O Livro dos Espíritos não teria sido escrito. Sem sua presença, o Universo não seria hoje como é.
Não se pode pensar que o espírito seja apenas o ser inteligente, apesar de este conceito já representar algo de grande valia. O espírito, ao longo de suas encarnações, adquire conhecimento, passa por experiências e, com o decorrer do tempo vai se tornado cada vez mais experiente. Como explica o professor de Teologia Comparada e coordenador de grupos de estudos espíritas, Mario Branco, neste processo o espírita também vai adquirindo cada vez mais consciência de si mesmo. "Assim amplia-se o conceito de espírito: ele é o ser vivo inteligente e autoconsciente do Universo. É o ser que, a partir da capacidade de conhecer a si mesmo, pode conhecer os outros, a natureza, os mundos, o Universo, Deus", observa. Sendo assim, o diretor da Federação Espírita Brasileira (FEB), Geraldo Campetti, afirma que o espírito é a obra prima do Creador".

A frase, "a consciência dorme no mineral; desperta no vegetal; move-se no animal e pensa no ser humano, permite deduzir que toda forma de vida um dia alcançará o estado de protoespírito em seu estágio animal; e de espírito em seu estágio humano. Se haverá um estágio pós-humano ainda não se sabe.

No estágio humano, já com capacidade de aurtoconhecimento e de tomar suas próprias decisões - e viver suas consequências - o chamado livre-arbítrio, o espírito tem mais conhecimento e, portanto, mais responsabilidade. Sempre há evolução. "Nunca vamos parar de aprender, pois o progresso intelectual antecede o progresso moral e sempre haverá algo de novo a descobrir e realizar na infinitude do conhecimento e na plenitude da moralidade", afirma Campetti.

Como lembra o professor Mario, o espírito não deve a sua existência a si mesmo. "Deve a algo além dele mesmo, a uma causa, à Causa Primeira, uma ação inteligente, com sentido e significado, a inteligência suprema". (continua)
             

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