
Trecho de uma entrevista com Divaldo Franco
"Em Salvador, que é uma cidade praiana, outros me tem proposto: Vamos arranjar outra hora mais conveniente pra transferir a evangelização, porque você sabe, domingo é o dia da praia.
- E que hora será própria?
- Outra hora.
- Que hora?
Volvem-me a perguntar-me.
- Que é que você acha?
- Eu não acho nada, porque não tenho filhos, você é que os tem.
- Mas não poderia ser noutra hora? - voltam à carga.
- Depende de você achar a hora, porque, considere: durante os dias da semana, não pode ser, de vez que todos estão estudando; no sábado, à tarde, o evangelizador também tem que se arrumar, já que é a única hora de que dispõe para os seus compromissos, para preparar-se...
No domingo à tarde não pode ser, porque as crianças têm as festinhas de aniversário,as matinezinhas, isso e aquilo; de noite não convém, porque criança não pode dormir tarde; domingo pela manhã não é possível, por causa da praia...
As pessoas coçam a cabeça e concluem:
- É um problema, não?
E eu elucido:
- É, praia é um problema, porque perverte muita gente.
- Não - dizem - a praia não: o problema é esse negócio de evangelização.
E encerro o assunto:
- Não, não acho. Creio que é a solução dos problemas.
Aqueles que assim agem, não são espíritas. Na verdade eles não desejam que o filho vá a praia. Ocupando-se em trazer o filho à evangelização, eles, sim, perdem a praia. Então o problema é esse...sempre sugiro: Percam umas praias, mas salvem seus filhos.
(Do livro Diálogo, Divaldo Franco)
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