Seita judia, fundada por volta do ano 150 anos de Jesus Cristo, ao tempo dos macabeus, e cujos membros, habitando uma espécie de mosteiro, formavam entre si um tripo de associação moral e religiosa. Distinguiam-se pelos costumes brandos e pelas virtudes austeras, ensinavam o amor a Deus e ao próximo, a imortalidade da alma e acreditam na ressurreição. Viviam em celibato, condenavam a escravidão e a guerra, punham em comunhão os seus bens e se entregavam a agricultura. Contrários aos saduceus sensuais, que negavam a imortalidade, bem como aos fariseus de rígidas práticas exteriores e de virtudes apenas aparentes, nunca os essênios tomaram parte nas querelas que dividiram essas duas seitas. Seu gênero de vida se assemelhava aos dos primeiros cristãos, e os princípios da moral que professavam levaram algumas pessoas a supor que Jesus fizera parte dessa seita, antes do começo de sua missão pública. É certo que o Mestre deve tê-la conhecido, mas nada prova que se houvesse filiado a ela, sendo, pois, hipotético tudo quanto se escreveu a esse respeito.
(O Evangelho segundo o Espiritismo - Introdução -
III Noticias Históricas, p. 41, 1ª ed. 2ª reimpressão,
Tradução de Evandro Noleto Bezerra, Editora FEB)
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